Hey brother. Arrested Development começou como um seriado meio underground aqui no Brasil, era exibido de madrugada, depois do Corujão, na Globo com o nome de Caindo na Real. Óbvio que a audiência não era lá aquela coisa, mas quem assistia adorava e contava pro amigo que contava pro outro, que baixou e amou e assim foi! A série inicialmente foi exibida nos EUA pela Fox, de 2003 a 2006, ganhou seis Emmys e um Golden Globe, e apesar dos críticos amarem, a audiência nunca foi suficiente e depois de somente três temporadas foi cancelada! Os fãs ficaram ~revoltz!!!~ e depois de muito papo de filme, extensão, reunion e o escambal, finalmente a Netflix comprou os direitos e voi-lá, gravou uma temporada novinha no ano passado! E ela estreia neste domingo, sim, NESTE domingo 26 de maio, no Netflix. Uma quarta temporada com 15 episódios, sete anos após o final da terceira.

Por que Arrested Development?

Acho que nunca ri tanto com um seriado, com certeza está no meu Top 5 de todos os tempos (e olha que eu assisto uns 30 seriados (que estão no ar) por semana hein!). Ele mistura perfeitamente: uma família completamente disfuncional (they put the fun back in dysfunctional) com todos seus problemas extremamente cômicos e muito familiares para os espectadores, com algumas situações completamente bizarras e extremas que sempre garantem boas risadas!

Resumão (sem spoilers)

A abertura do seriado explica muito bem:

“E agora a história de uma família rica que perdeu tudo, e o filho que não teve escolha a não ser manter todos eles unidos.”

Personagens

Michael Bluth (Jason Bateman)

O filho que sempre se esforçou e se manteve na linha, mas tem a necessidade de ter tudo sob o controle, e por mais que queira fugir de sua família, sempre acaba voltando e agindo (ou achando) como a cola que mantém a família unida.

George Michael Bluth (Michael Cera)

Não uma homenagem ao cantor, e sim ao avô George e ao pai Michael, ele deixa de lado muitas vontades normais de um garoto de sua idade por ser super protegido pelo pai, e acaba sempre parecendo ter uma alma velha, até o momento em que se apaixona pela própria prima.

George Bluth Sr. (Jeffrey Tambor)

O patriarca da família supostamente afundou a empresa Bluth agindo de forma ilegal. Ele nunca apoia os filhos, o que faz com que os mesmo constantemente busquem sua validação.

Lucille Bluth (Jessica Walter)

O pescoço que controla a cabeça, a matriarca dos Bluth pode ser descrita como uma Mrs. Harper (Two and a Half Men) 100000x pior!

Lindsay Bluth Funke (Portia de Rossi)

Irmã gêmea de Michael que se casou com um médico supostamente gay somente para se vingar de sua família.

Tobias Funke (David Cross)

O marido de Lindsay que perde sua licença médica e decide virar ator.

Maeby Funke (Alia Shawkat)

Filha de Lindsay e Tobias, vive aprontando para chamar a atenção de seus pais, em uma de suas armações acaba beijando seu primo George Michael, o que gera a paixão platônica do mesmo.

Gob Bluth (Will Arnet)

O irmão mais velho, fundador da Aliança dos Mágicos, seu meio de transporte favorito é um Segway e ele sempre comete erros enormes.

Buster Bluth (Tony Hale)

O caçula que nunca saiu do ninho, medroso, mora com a mãe e é tratado como um bebê.

Vale a pena ver?

COM CERTEZA! Além de ser HILÁRIO, o seriado sempre tem auto-referências, o que gera um gostinho especial para quem assiste a todos os episódios! A série é em forma de documentário, com um narrador que sempre agrega à história e ao humor. A nova temporada terá um episódio dedicado a cada personagem, retratando onde estão sete anos após o fim da terceira. Todos os episódios estão disponíveis com legenda no Netflix, recomendo fazer uma maratona, porque assim que um episódio termina você já estará vidrado para assistir ao próximo! Fui rever tudo em preparo para sábado, acabei assistindo as três temporadas em três dias. Assistam sempre os “On the next episode”, você nunca irá se esquecer dos momentos marcantes desse seriado! Cockadeedledoo!