Um breve histórico de cartas, cartinhas e cartões! <3
Olá, meu nome é Lu Couto, e estou aqui para explorar um pouco mais a fundo o mundo dos card games. Talvez você não saiba, mas 38% do público que consome Magic: The Gathering, um dos card games mais famosos já lançados, são meninas. O problema é que elas aparecem muito pouco nos campeonatos: são apenas 6% dos jogadores. Assim, que tal começar a explorar esse universo que pode ser tão divertido quanto um game digital, e tão enriquecedor para o raciocínio lógico quanto ter aulas com o Sherlock Holmes.
Vamos do comecinho então.
O primeiro jogo em cartas registrado apareceu no século IX na China, mas ninguém sabe o nome dele, na verdade, os pesquisadores encontraram relatos em que pessoas se encontravam para uma partida de cartas. Com certeza você já deve conhecer algum jogo que utilize as cartas como ferramenta principal, tais como como pôquer, uno, supertrunfo ou até mesmo o já citado Magic. Este último tem um significado muito especial para mim e, mesmo em tempos com tantos entretenimentos virtuais eu ainda o escolho como meu jogo predileto, não porque eu o conheço desde meados do ano 2000, mas porque realmente ele mudou minha vida. Os card games aumentaram meu círculo de amizades, e expandiram minha capacidade de raciocínio logico.
Existe um dinamismo, uma criatividade, uma liberdade de estratégias, e uma interação social que fazem dos card games um gênero bacana que você deveria conhecer. Ao contrário do que muitos podem pensar, os jogos de cartas tem um mercado muito estruturado, que conta com campeonatos, encontros, eventos de troca de cartas e tem movimentado o mundo com pessoas de todas idades. Inclusive, você sabia que tem até um tipo de bolsa de valores para cartas especiais? Pois é, guarde as suas com carinho.
Em uma pesquisa rápida, descobri que existem 326 jogos comerciais, que podem ser divididos em TCG (trading card games), que são jogos de cartas que envolvem trocas entre os jogadores; CCG (collecting card games) que são os jogos de cartas colecionáveis, sem mecânica de troca; os LCG (living card games) que você joga com somente o baralho inicial e não precisa de adição de nenhuma outra carta; e ACG (adjustable card games), jogos que permitem personalização. Ainda temos jogos de cartas exclusivamente virtuaism e outros que primeiramente eram físicos e resolveram expandir para o virtual também.
Alguns jogos possuem uma estrutura colaborativa em que os jogadores constroem uma história cooperativamente, ou resolvem algum mistério, como no jogo Black Stories. Inclusive, recomendo, estou super viciada e já comprei a segunda edição. Nele, você cria uma história para seus amigos, mas só conta o comecinho, e os colegas devem resolver a narrativa completa.
Porém, a maioria dos jogos de cartas consiste em um único objetivo: ganhar de um oponente a partir da elaboração de um baralho. Parece fácil, mas não é. Um bom baralho é o resultado de muito pensamento tático, experimentação, e muitas partidas partidas (sem contar um pouco de sorte). Conforme os turnos passam, um dos jogadores conseguirá ganhar do oponente por meio de destruição das criaturas do antagonista, acabar com os pontos de vida do rival, ou até mesmo esgotar os recursos do baralho dele. Como alguns desses jogos envolvem um investimento de tempo e de dinheiro consideráveis, naturalmente seus jogadores criaram formas de recuperar um pouco dos recursos, por meio de campeonatos, que valem premiação em dinheiro ou mais cartas.
Acredito que todo jogo possa desenvolver nossa capacidade, independente de idade, e as cartas físicas podem criar um elo diferente, como aqueles que temos pelos nossos livros favoritos, um carinho e orgulho pela nossa coleção. Se você se interessou, fique de olho. Nos próximos artigos irei explorar um pouco da mecânica de cada jogo, assim como revelar noticias e curiosidades do seus card games favoritos.
Tenho muita coisa para contar e espero seus comentários, perguntas e sugestões. 😀
Jogadora de Magic the Gathering desde 2000 e agora estou com um grupo de garotas estudando mais e mais para aumentarmos a representatividade nos torneios competitivos.
