Finalmente, tudo o que a gente sempre quis ver num filme do Wolverine

Eu tinha um misto de expectativa e medo em relação a este filme do Wolverine. Expectativa, é claro, porque os longas anteriores não legais (mas nem tão bacanas assim) e porque a gente sempre esperava um filme melhor sobre o mutante feroz de garras de Adamantium. E medo porque a divulgação foi enorme, foram muitas fotos, vídeos e entrevistas da equipe, por isso, fiquei preocupada dessa exposição ter mostrado demais e o longa não me surpreender.

Mas o que foi divulgado foi só uma amostra bem pequena do que vi na telona nas mais de duas horas de projeção. Gente, não estou sabendo lidar com esse filme!

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Logan” é um filme extraordinário, desses que a gente sempre quis ver. Tudo está certo e funciona do jeito que precisa. O elenco está incrível e a empatia com Logan, Charles Xavier, Laura e até mesmo com Caliban é imediata. A fotografia é ótima e ajuda a criar atmosfera do filme de forma bem eficiente. O roteiro é muito bem escrito e você já se vê envolvido naquela história já nos primeiros minutos. A trilha sonora é maravilhosa. A ação é empolgante e a violência que a gente esperava num filme do Wolverine está toda lá.

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Se Deadpool fez diferença na história do cinema, mostrando uma forma de fazer filmes baseado em quadrinhos diferente e ousada – esqueça as HQs, explore o potencial dos personagens e não pense em fazer um filme para crianças – “Logan” faz isso de forma profissional, like a boss!

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Para começar, não vá assistir o filme procurando uma história semelhante nas HQs, ou por easter eggs, ou fan services. “Logan” não é como os outros filmes de super-heróis que a gente tem visto agora. Os elementos que têm no filme estão lá porque são importantes para a narrativa, e não para virar uma piada ou fazer a alegria dos fãs mais roots. Aliás, o filme não é engraçado, ele tem um clima mais sério, porque afinal, o Wolverine é um cara sério, meio ranzinza mesmo. E ao contrário dos outros filmes baseados em quadrinhos, principalmente os filmes dos X-Men, esse filme não é colorido e com incríveis poderes mutantes o tempo todo. “Logan” é mais pesado, denso e realmente muito violento. Ele deixa os outros filmes dos mutantes até meio sem graça (o DVD do “First Class” que está na minha estante parece ter ficado até meio acanhado).

É claro que quem conhece bastante os X-Men e as HQs do Wolverine vai conseguir aproveitar muito mais o filme muito mais profundamente, pois os detalhes, a história e até mesmo determinados nomes ficam ainda mais importantes. Mas também não prejudica em nada a diversão de quem conhece os mutantes e o Wolverine somente do cinema ou das animações da TV. “Logan” deixa todo mundo empolgado porque é um filme incrível.

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O elenco dá um show na telona. Hugh Jackman satisfaz duplamente. Ele que sempre foi um ótimo Wolverine, interpreta um Logan sofrido e decadente, mas que ainda mantém aquela fúria interior. Esse é o último filme do Hugh Jackman como Wolverine e ele faz questão de colocar uma pedra em cima desse assunto e marca um verdadeiro x nessa nossa relação com mutante de garras de Adamantium.

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Patrick Stewart emociona a gente com um Professor X muito velho e decrépito, doeu no coração ver o Charles Xavier naquela condição tão frágil, sendo ele a mais poderosa mente do mundo (ou será que é o Legião?).

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Outra participação impressionante é a do ator inglês Stephen Merchant, que faz o Caliban. É conhecido principalmente por seus papéis de comédias, como as séries inglesas The Office e Extras, o filme “Chumbo Grosso”, e ainda como o namorado de Amy em The Big Bang Theory. Ele está irreconhecível como Caliban e sua atuação é impressionante.

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Mas quem rouba a cena é a pequena atriz Dafne Keen. Filha de um ator inglês e uma atriz espanhola, a menina é muito talentosa e imensamente expressiva. Sua atuação é cativante! Estou encantada! Sua Laura/ X-23 demonstra ser uma herdeira a altura de Wolverine (mesmo ela sendo baixinha, já que a personagem só tem 11 anos de idade).

Até mesmo os vilões de Logan, como o Pierce interpretado por Boyd Holbrook e o Dr. Rice vivido por Richard E. Grant, são desses antagonistas que amamos odiar.Logan-violência

“Logan” é um filme de muita ação e violência, com elementos de faroeste e que em alguns momentos me lembrou de “Mad Max – Estrada da Fúria”. É uma história que é um fim e ao mesmo tempo começo, e chega mesmo a redimir os outros dois filmes anteriores do mutante. E já que o Wolverine sempre foi um herói em busca de redenção, então tá tudo muito certo.

Ao sair do cinema, tive aquela sensação que chamo de ressaca ‘literária’, que é quando um bom livro, filme ou série, fica na nossa cabeça mesmo depois que acaba, por várias horas ou até mesmo dias. Quando a gente fica relembrando o que viu/leu, ainda sentindo e lembrando daquela história, daqueles personagens e no caso, daquele sangue derramado. E isso é muito bom! Só as grandes obras permanecem com a gente assim.

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Em “Logan”, a Fox Films mostrou que dá conta de fazer um filme de herói excepcional. O estúdio podia aproveitar que aprenderam a receita e fazer um filme que preste do Quarteto Fantástico… #FicaDica

Também fiquei pensando se esse jeito de fazer filmes de super-heróis de “Deadpool” e “Logan” vai causar alguma influência, se a Disney e a Warner vão reagir de alguma forma. Será que depois desses filmes, a Disney vai continuar na zona de conforto e manter a Fórmula-Marvel de fazer filmes? E a Warner, será que vai achar o equilíbrio entre o sombrio e o divertido em seus filmes? E você aí, acha que tem um jeito certo de fazer filme de de super-herói?

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