Enfrente um dragão para acabar com a maldição!

Antes de mais nada, é preciso esclarecer uma coisa sobre este mangá!

Dragon’s Dogma Progress é uma obra baseada na franquia de games lançada pela Capcom para PlayStation3 Xbox360. O mangá foi escrito por Hirotoshi Hirano e foi lançado originalmente em 2013, com dois volumes, pela Hakukensha – e recentemente foi lançada pela JBC no Brasil.

Tem sido um sucesso de mercado mangás inspirados em games, como, por exemplo, Corpse Party ou Fate/Stay Night. E, por carregar uma legião de fãs graças ao jogo, normalmente há duas possibilidades: ou você ama, ou você odeia. Por outro lado, se você faz parte dos leitores de mangá que não possui o hábito de jogar, você estará livre de um peso grande que os fãs carregam: a mudança da história.

Dado ao aviso, vamos ao que interessa o/

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História

Na vila pesqueira de Cassardis, um dragão gigantesco promovia o caos e destruição, devastando construções e atacando os moradores. Em meio ao ataque, um jovem chamado Carroll, por estar cheio de determinação (misturada com raiva e frustração de ver seus amigos e familiares feridos), resolve voltar-se contra o monstro, erguendo sua espada. O dragão, surpreso, jamais tinha visto alguém que teria tanta bravura para confrontá-lo e, diante disso, arrancou o coração do jovem, ressuscitando-o como “O Desperto”. Ao arrancar o coração, o dragão lança uma maldição no garoto, quase que similar à profecia de Harry Potter: Carroll deve encontrá-lo e destrui-lo, ou morrerá tentando. Assim, Carroll decide partir para a jornada para matar o monstro.

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Como pode ver, a história é tradicionalíssima no universo RPG. Pelo primeiro volume ainda não é possível dizer se o mangá seguirá a história do game, porém alguns pontos básicos do mundo RPG são destacados para o leitor, dando a ideia de que ele funcionará como uma espécie de manual. Ao apresentar os personagens, o mangá nos explica suas classes e a forma como batalham, introduzindo o leitor que não tem contato com o estilo do jogo neste universo. As explicações são bem sucintas, o que deixa a leitura mais leve – e nada entediante para quem, como eu, já conhece o mundo do role-playing.

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Atenção: a partir deste ponto, a história conterá spoilers. Não nos responsabilizamos pela leitura.

[spoiler] Os primeiros dois capítulos do mangá se resumem a contar e explicar minuciosamente a história da sinopse. Carroll, no começo, fica muito perdido por ser um garoto normal, contudo, surgem os chamados “peões”, que são como servos do “Desperto”, ajudando-o a treinar e a enfrentar os monstros na busca pelo dragão. Estes personagens não são humanos, e por isso ao morrerem são facilmente ressuscitados pelo Desperto em um estabelecimento – que, para mim, parece uma guilda.

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Depois disso, Carroll descobre que Edmun, um nobre reconhecido na região, já foi o “Desperto” e conseguiu derrotar o dragão. Assim, ele procura conseguir treinamento específico para acabar com a maldição e ver seus familiares e amigos longe do dragão. A partir deste ponto, a história começa a se desenvolver, sem, entretanto, dar maiores informações aos leitores, deixando-os curiosos sobre o próximo passo de Carroll. [/spoiler]

Arte

A arte do mangá se preocupa muito com os detalhes, desde o desenvolvimento do rosto de um personagem até as escamas do dragão – este é um ponto em que o mangá faz jus ao game. De fato, os traços chamam muito a atenção, principalmente por se tratar de um mangá de estilo RPG.

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O jogo

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Abordando o game muito brevemente, na essência, ele tem a mesma história do mangá – pelo menos comparando o primeiro volume. O game é um típico RPG de mundo aberto, com o sistema de combate do gênero. Além dos ataques comuns, também tem o esquema de skills especiais de cada classe, motivo pelo qual, acredito eu, o mangá quis explicar o funcionamento e o esquema de batalha de cada uma das classes. No mais, o jogo lembra em diversos pontos o famoso Shadow of the Colossus, um ícone no universo dos games de PlayStation2.

Os gráficos são muito bem trabalhados, principalmente nas cenas de batalha, compensando algumas falhas na mecânica da execução das skills. Na verdade, o gráfico é o ponto mais forte do jogo, por mais que a história seja bacana.

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Conclusões: vale a pena?

A narrativa é intensa com batalhas frequentes, o que torna tudo muito rápido. Pelo menos no primeiro volume, o desenvolvimento dos personagens é bem superficial, focando nas cenas de luta e nas funções de cada personagem dentro do sistema de RPG, revelando uma preocupação latente em manter todas as dinâmicas contidas no jogo e ensiná-las ao leitor que não tem contato com este universo.

Entretanto, a história é bem interessante, principalmente para aqueles que chegaram a jogar o game, trazendo uma certa nostalgia. Mesmo para quem não conhece a história, a narrativa prende a atenção durante as batalhas, trazendo – mesmo que lá no fundinho – aquele espírito animador torcendo pela vitória de Carroll.

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