Há quem ame, há quem odeie… mas não podemos negar a sua importância.

Resident Evil 4, o RE que QUASE não saiu

Resident Evil 4 poderia ser uma falha colossal. Sofreu com dificuldades em seu desenvolvimento e ao que tudo indicava seria largado para trás. Cancelado e recomeçado do zero diversas vezes, a versão original do Resident Evil 4 acabou virando Devil May Cry, pra você ver como os produtores estavam confusos de como levar a série original do Resident Evil adiante.
Só de o jogo ter sido feito já contou como uma vitória para o time de desenvolvedores da Capcom.

Mudança total

Os ângulos fixos de câmera, os movimentos limitados, tudo isso precisava ser atualizado na franquia Resident Evil, mas os caras não sabiam como. Após diversas tentativas e erros eles terminaram um Resident Evil revolucionário. (se você não curte, substitua a palavra revolucionário pela expressão “divisor de águas” então hehehehehe)
Zumbis cambaleando devagar foram substituídos por uma multidão de infectados (mais humanos do que zumbis) que pegaram a filha do Presidente. Assim que você chega em um estranho vilarejo Europeu, já é surpreendido pelo número de inimigos que desejam matar o Leon. O cenário, os infectados que ~fazem culto~, a trilha e aquele céu cinza e nublado já dão um ~tom~ completamente diferente na atmosfera.

Dublagem

Um ponto forte do Resident Evil 4 são os atores que dublaram os personagens. Nos títulos anteriores, diversas vezes, as vozes eram forçadas. No RE4 não. As interpretações realmente faziam com que acreditássemos nos problemas de confiança do Leon com a Ada e com sua atitude protetora da Ashley. Não apenas os personagens principais nos deixaram com memórias, mas também personagens menores, como o Mercador. STRANGER! STRANGER! STRANGER! Now that’s a weapon!

Gameplay

Todas essas mudanças na atmosfera, enredo e caracterização dos personagens são nada comparadas com a drástica transformação do gameplay. A mudança foi tanta que dá para falar que não afetou apenas a série Resident Evil, mas todo o gênero “ação” dos games. A câmera em cima do ombro deixou o gunplay muito mais intuitivo, dando mais precisão no tiro (alias parece que mais precisão no tiro era coisa exclusiva de FPS nessa época). O gunplay inovador e os diferentes inimigos transformaram o jogo em “ação” (o que é muito criticado pelos fãs antigos da franquia). Era permitido derrotar o inimigo de forma criativa.
A variedade de inimigos desperta interesse. De monstros enormes até um anão maluco. Cada um requer uma estratégia diferente, deixando o combate muito mais dinâmico.

Essa dinâmica inspirou dezenas de games. Os criadores de Gears of Warpor exemplo, abertamente agradecem aos criadores do RE4 pelo gunplay inovador.

Ok, babei bastante o ovo do gunplay, mas existiram outras mudanças tão importantes quanto essa: O inventório (antes zoneado e confuso) ficou organizado, posicionar os itens virou praticamente um quebra-cabeças, o jogador define qual a melhor maneira de guardar seus itens. Fica até divertido organizar. Outro destaque foi a maneira como o jogo usou os Quick Time Events, eles fazem o jogador prender a atenção nas cutscenes.
Lógico que nem tudo são flores, Resident Evil 4 desagradou muitos dos fãs antigos, porém ganhou muito mais do que perdeu. Resident Evil 5 foi praticamente uma cópia (substitua os Ganados – Las plagas pelos Majini) e é o segundo mais vendido da franquia.

Podcast do Revil 😀

Todo esse texto pra falar pra vocês escutarem o Revil cast especial do Resident Evil 4!
Faz umas semanas eu e Nathalia, aqui da equipe Garotas Geeks, tivemos o prazer de participar da décima quinta edição do Revil Cast. Junto com o CeraldiRickyJonatan LothCiro Guedes, falamos sobre as mudanças que o Resident Evil 4 acarretou na franquia. Dá uma conferida!

E se você curte Resident Evil, acompanhe o trabalho dos caras -> http://residentevil.com.br/

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