O reboot de “Jovens Bruxas”, da Channel Warner, mergulhará na magia latina e problemas femininos. O projeto, liderado pela criadora de “Jane a Virgem”, Jennie Snyder Urman, tem causado controvérsia desde seu lançamento, especialmente após as críticas da atriz e produtora da série original, Holly Marie Combs. O reboot apresentará as irmãs Vera: Macy (Madeleine Mantock), Mel (Melonie Diaz) e Maggie (Sarah Jeffery).
A série original contava a história das irmãs Halliwell, interpretadas por Combs, Shannen Doherty e Alyssa Milano (e posteriormente, Rose McGowan), no início de suas vidas adultas. Porém, a mais nova das novas irmãs, Maggie, é uma caloura de 18 anos, e sua escola aparentemente será palco de algumas das batalhas sobrenaturais. Diferentemente da série original, em que os feitiços eram entoados em inglês, o trailer da nova série mostra o poder das três sendo oriundo de um encantamento em outra língua.
Na última semana, em um evento em Beverly Hills, o elenco e criadores da série revelaram que o reboot explorará “brujería”, a arte da magia e bruxaria de tradição latina. A produtora executiva Amy Rardin decidiu trabalhar com uma praticante de brujería para poder desenvolver a história e apresentar a bruxaria por um ponto de vista diferente.
Nós temos uma verdadeira bruxa latina na nossa sala de redação. Toda cultura possui sua tradição de bruxaria, e nós queremos realmente explorar não apenas a bruxaria de Salem, mas todas as diferentes formas de bruxaria existentes ao redor do Mundo.
A escritora da série, Jessica O’Toole, espera fornecer entretenimento que os mais diversos públicos possam aproveitar, mas sem deixar de explorar problemas enfrentados pelas mulheres. Ela declarou ter examinado a questão das mulheres na bruxaria antes da eleição, em uma possível referência a um grupo de bruxas que chegou às páginas de jornais em 2017 por supostamente ter lançado uma maldição sobre Donald Trump. Apesar de as irmãs Vera herdarem alguns dos poderes Wiccanos da série original, O’Toole afirmou que os fãs podem esperar uma interpretação mais conservadora do uso de magia. As irmãs Halliwell se esforçaram bastante para dominar seus poderes mágicos no início, mas conseguiam destruir coisas, se teletransportar e fazer praticamente tudo com magia no final da oitava temporada.
Muitos fãs sem dúvida esperam ver o melhor da série original, que sem dúvidas atacou problemas feministas. Porém, a linha atual do Channel Warner é mais politicamente carregada do que naquela época, com séries como “Jane a Virgem”, “Riverdale” e “Supergirl” combatendo o sexismo, racismo e homofobia de forma mais agressiva. Apesar de as estrelas originais (Combs e Milano, em particular) terem afirmado que gostariam de ser abordadas sobre uma possível inclusão no reboot, elas parecem ter desistido dessa vontade.
Fonte: Screenrant
Débora é musicista, professora de artes, pesquisadora de sociologia de gênero. Autoproclamada otaku-não-fedida e gamer casual. A alcunha de Liao veio de um site aleatório de geração de nomes japoneses (Liao é chinês, mas tudo bem).
