Super-heróis e vilões voltam à vida o tempo todo nos quadrinhos da DC. Como a morte se sente em relação a estas indas e vindas?

Nos quadrinhos da DC Comics, as pessoas morrem regularmente de maneiras horríveis – e depois voltam do infinto e além pleníssimas. Super-Homem, por exemplo, sobreviveu ao espancamento fatal do Doomsday, e Flash voltou após sacrificar sua vida durante a saga Crise nas Infinitas Terras. Mesmo alguns personagens que são menos conhecidos como o Besouro Azul acabam tendo suas mortes apagadas graças às constantes reinicializações e redefinições do universo pelas quais o Universo DC parece passar regularmente.

Isso costuma se estender a pessoas que não possuem super-poderes, como Lois Lane e Steve Trevor, que parecem também poder voltar à vida graças à associação com super-heróis famosos (estamos de olho em você, Alfred Pennyworth!).

Por conta dessas ressurreições diárias é preciso perguntar: como a morte se sente com todas essas pessoas indo e vindo da vida?

A Morte, no Universo DC, não é apenas uma força abstrata, mas um ser real, representado como uma jovem com longos cabelos. Como parte de um dos “Infinitos” – um grupo de seres que todos representam um aspecto diferente do universo (como Delírio, Destino, Sonho etc.) -, a Morte é, na verdade, um dos membros mais agradáveis deste grupo e é realmente tratada como uma amiga pela maioria dos humanos que ela encontra.

super-heróis

Criada por Neil Gaiman, a personagem até estrelou sua própria minissérie, Morte: O Alto Custo de Vida, no qual ela vive um único dia como mortal, apenas para manter contato com a humanidade. Desde então, ela fez muitas aparições na DC Comics, principalmente no livro de Sandman.

Apesar da natureza amigável e sociável da Morte no Universo DC, precisamos perguntar se ela ficou um pouco chateada com todas as pessoas que continuam morrendo e voltando à vida… de novo, e de novo, e de novo. Poderíamos imaginar que a Morte os enxergaria como “trapaceiros” por escaparem do destino inevitável por tantas vezes…

No entanto, a Morte compartilhou seus próprios pensamentos sobre o assunto – e para ninguém menos que o arqui-inimigo do Super-Homem, Lex Luthor! A história aconteceu na Action Comics #894 logo depois que Lex Luthor foi baleado por Gorilla Grodd e caiu de um avião. Aparentemente ileso (repetindo: logo após CAIR DE UM AVIÃO), Lex fica chocado ao ver seu corpo deitado na frente dele – e a Morte esperando para cumprimentá-lo. Informando Lex de sua identidade, ela puxa o supervilão para “fora do tempo” e permite que ele revise sua vida.

Naturalmente, Lex vê tudo isso como uma trama de super-vilões e traz à tona o ataque dos Lanternas Negros, perguntando à Morte se ela era responsável pelos mortos voltando à vida. Em resposta, ela simplesmente menciona: “Ah, sim. Notei que… as pessoas voltam dos mortos. Não é grande coisa”. Ela, então, diz que está “meio ocupada” e conhece cerca de cento e cinquenta mil humanos por dia na Terra (sem contar gatos, pássaros ou peixinhos), mas que não está tão preocupada desde que “no final, todos eles voltem para mim”.

Então, Lex imediatamente começa a barganhar por sua vida, e ela, ironicamente, acaba aterrorizando-o. Ela, inclusive, faz com que ele acredite que esse é realmente o fim para ele, até que ela, então, o informa de que ela nunca disse que ele estava morto, e que o encontro deles foi mais uma “verificação preliminar”. Ela então o deixa voltar à vida, dizendo “eu estarei vendo você”.

É uma visão engraçada, mas completamente lógica, da visão da Morte sobre a ressurreição, pois ela honestamente não vê isso como grande coisa. Sabendo que todos e tudo devem finalmente chegar ao fim, ela não coloca aqueles que retornam em nenhuma categoria especial (embora trate todos com uma decência inabalável). A DC Comics pode tratar a morte como uma condição temporária, mas a própria morte sabe mais…


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Fonte e imagens: ScreenRant

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