A real é que todos precisamos pagar as contas, não é mesmo?
A Pixar é responsável por alguns dos maiores filmes de animação de nosso tempo, e alguns deles foram transformados em franquias amadas pelo público, e aclamadas pela crítica, ao longo dos anos.
Por um tempo, porém, parecia que a Pixar se preocupava mais em repetir sua fórmula de sucesso, do que em criar novas histórias, mas tudo indica que o mais recente chefe do estúdio está pronto para criar várias mudanças, mesmo que a existência de sequências em andamento seja inevitável.
Pete Docter, que dirigiu filmes como Monstros S.A. e Divertidamente, deu uma entrevista ao Hollywood Reporter para falar sobre sua função como diretor de conteúdo da Pixar.
O veterano animador assumiu o cargo em junho de 2018, depois que John Lasseter pediu demissão em meio a alegações de má conduta sexual. Desde então, Docter viu o lançamento do que parece ser sua passagem final como codiretor Soul, bem como vários novos projetos, como Luca e Turning Red (filmes ainda sem título em português), e Lightyear, um quase prequel de Toy Story sobre o verdadeiro Buzz Lightyear.
Este último quase não aconteceu, já que poderíamos acabar vendo uma repetição da era sequência da Disney/Pixar, na qual vimos mais da metade de seus lançamentos entre 2010 e 2020 serem dominados por prequels e sequências como Procurando Dory e Universidade Monstro.
Docter observou que os três próximos filmes, incluindo Lightyear, foram aprovados antes de sua gestão. Além disso, ele reconheceu que a Pixar se empolgou um pouco com as sequências por um tempo, e prometeu que sua próxima lista de filmes com luz verde (que ainda não foi anunciada) priorizará histórias originais e novas e diversas vozes nos bastidores.
Crucialmente, ele também observou que não significa que as sequências da Pixar estão indo embora. Afinal, eles ganham muito dinheiro e fornecem estabilidade até mesmo um estúdio tão grande precisa para experimentar novas histórias e mundos.
“No passado, tínhamos uma grande série de sequências, muitas em sequência”, disse ele. “Agora temos muito material original, com o qual estou pessoalmente entusiasmado. Mas, para segurança financeira, provavelmente deveríamos ter mais algumas sequências aí. Às vezes é difícil porque os projetos criativos têm vida própria e eles decolam ou não”, disse Docter.
Um dos lugares em que continuaremos a ver sequências e spin-offs do estúdio, é no Disney+, já que a Pixar está ocupada trabalhando para transformar em séries animadas seus clássicos como Monstros S.A., Carros e Up – Altas Aventuras.
A empresa também está criando projetos originais para a plataforma de streaming, incluindo um programa de animação longo chamado Win or Lose (também sem título em português), um time de softball do ensino médio, bem como uma coleção de mini-curtas chamada Pixar Popcorn. Na verdade, Docter disse que a Pixar está produzindo “tanto para streaming quanto para o cinema”.
Apaixonada por palavras e cultura pop desde criança. A vontade de aprender e compartilhar informações sobre temas como música, literatura e cinema, além de muita curiosidade, a fez trilhar o caminho do jornalismo. Se considera uma nerd sem concerto e iniciou o curso na Universidade Paulista (UNIP) em 2012 para transformar em realidade o projeto que existia apenas em sua imaginação.
