Lauren Ridloff interpretará Makkari, a primeira super-heroína surda do universo Marvel 🙂

Os Eternos ganhará uma adaptação para filme e trará a primeira super-heroína surda do Universo Marvel.

Os Eternos representam uma raça originada dos primeiros habitantes da Terra cuja genética foi modificada pelos Celestiais, que nada mais são do que deuses espaciais (citados em Guardiões da Galáxia!). O grande problema é que não é fácil alterar alguém geneticamente. Então, na tentativa de fazer Os Eternos, os Celestiais criaram os maiores inimigos do grupo cósmico: os Deviantes, que basicamente são os experimentos fracassados dos deuses celestiais.

Entre Os Eternos, encontra-se Makkari, o velocista, personagem que passará por uma reformulação completa. O personagem será interpretado por Lauren Ridloff: mulher, negra e surda, que interpreta Connie em The Walking Dead.

É verdade que Makkari é um personagem masculino, branco e que não é surdo no universo dos quadrinhos, mas é aqui que entra a chamada representatividade.

primeira super-heroína surdaMuito se ouve dizer sobre as “minorias” e sobre como elas não representam a inferioridade numérica. Isto é porque o termo também é utilizado para fazer referência a grupos historicamente oprimidos (seja cultural, política ou socialmente). É justamente por isso que as mulheres e os negros são frequentemente enquadrados como minorias, apesar de representar em alguns censos a maioria numérica. A maioria, por sua vez, é composta pelos grupos que dominam e, justamente por isto, são entendidos como “regra”, como “padrão de ser humano”, implicando, ainda que de forma sutil, que as minorias acabam sendo “menos humanas”, por estarem fora do padrão. Justamente por causa deste padrão é que estes grupos dominantes estão sempre presentes na mídia e no entretenimento e os demais não costumam ser representados.

E por que a representatividade no universo da TV e do cinema é tão importante? Porque dentre tantas coisas, ela traz autoestima e empoderamento. Não há nada como se identificar com personagens em nossos filmes e séries favoritos. Muito mais do que isso, a representatividade traz pra mídia mensagens plurais, removendo rótulos que estamos acostumados a ver por aí: negros colocados nas posições de empregados; mulheres como namoradas, esposas e mães, com comportamento delicado; pouquíssimos personagens portadores de alguma deficiência (inclusive, é quase como se eles não existissem) e personagens LGBTQ+ com estereótipos de comportamento.

Com a vinda destas mensagens plurais é que deixamos os comportamentos retrógrados de lado: sexismo, racismo e demais discriminações com sexualidade e deficiências. Assim, a representatividade no universo cinematográfico é importante para os dois lados, já que a mídia influencia os espectadores, especialmente na forma de enxergar o mundo e, exatamente por isto, é importante que todas as vozes que estão na sociedade sejam ouvidas. Então, que tal utilizar a mídia para o bem?

Apesar de ser mulher e negra, Lauren Ridloff chama mais a nossa atenção para a deficiência auditiva que possui, e também sobre como isto é pouco explorado no universo dos cinemas:

“Há um interesse crescente em lançar mais atores que são surdos, mas ainda há uma escassez de talentos surdos nos bastidores, envolvidos com o processo de composição. Eu sinto que com mais representação trabalhando por trás das câmeras, as histórias que são contadas na televisão, no cinema e no palco se tornam mais intrigantes, verdadeiras e instigantes”.

O filme, dirigido por Chloe Zhao, traz em seu elenco Richard Madden (Ikaris), Angelina Joelie (Thena), Salma Hayek (Ajax), Kumail Nanjiani (Kingo), Tyree Henry (Phastos), Lia McHugh (Sprite) e Don Lee (Gilgamesh).

O filme de Os Eternos chegará aos cinemas em novembro de 2020 e já estamos super animadas com a nossa primeira super-heroína surda 🙂 .

Curtiu? Então leia mais sobre representatividade aqui <3

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