Em meu primeiro texto de desabafo coletivo para a sessão, eu falei sobre uma questão que faz parte do cotidiano de muita garotada por aí, e também na vida de quem tem mais de 20 anos e ainda não saiu de casa pra bater a cara no mundo(oi).
O texto era puramente introdução e desenvolvimento, sem conclusão, pois deixei para os nossos comentaristas concluírem o texto. E, como opinião é uma coisa que se discute, obtivemos várias respostas, tanto dos mesmos pais arrogantes que comentamos aqui quanto de outra galera desesperada e aliviada por existir mais pessoas como elas pelo mundo.
“Porra, Gaby, voce não aprendeu nada né?”
Calma, Cláudia! Sim, e como aprendi. O pessoal foi muito participativo, e isso foi muito legal. Mas tá faltando meu texto de conclusão para finalizar o post, e eu gostaria de apresentar as respostas para o público debater comigo também.
A fim de recordar, o post foi este aqui, na qual foi debatido sobre que os mais velhos tem algo que chamo de Senso Esnobe. O senso esnobe faz eles acharem que são os donos da razão, e que tudo o que as pessoas mais jovens fazem são falta de maturidade ou que simplesmente são seres inferiores a eles.
A coisa tende a complicar um pouco mais quando a gente prefere curtir coisas que não são da nossa cultura, o que nos leva as pessoas ao redor acharem que somos loucos e anormais. Ou vai me dizer que ninguém nunca te criticou por assistir anime em japonês? E ouvir j-music também? Meu, acontece comigo até hoje. Socorro dessa gente que pensa que o mundo é só Brasil.
Acho que já deu pra entender o que rolou no post passado. Vamos às conclusões:
1- Se voce diz coisas que eu não entendo, então você está errado.
Preconceito e falta de vontade de sentar e ver o rola no universo da outra geração. Uma relação interessante que fizeram foi “o que é diferente, eu não entendo; e o que eu não entendo, é ruim”. Parece um sistema automático de querer privar as decisões supostamente erradas dos jovens, a fim de querer que parem de se desviar do diferente e que façam o (mais uma vez, supostamente) normal.
2- Seus assuntos não tem a ver com dinheiro ou futuro, então são pura idiotice.
Esse acho que linka com a primeira questão. Achei uma citação engraçada, mas super real também, que comentaram assim “se eu não gosto é ruim \ coisadocapeta \ errado”, ou seja, é pura idiotice. E os mais velhos não gostam de conversar sobre idiotice, a menos que seja uma idéia idiota para criar uma rede social que te trará milhões.
3- Nossa, cresce, isso que voce escreveu não tem nada a ver com a vida lá fora.
Olha, retomando: eu não sou nenhuma noiada ou esquisita que usa meu site pra fazer desabafo, eu vim protestar em nome dos que não suportam os mais velhos achando que as pessoas com idade inferior a dela não são ninguém.
Voltando ao assunto, qual o problema em contar um problema que está rolando massivamente pelo país? Psicológico é uma coisa que influencia a criação para o resto da vida! Tem que tomar muito cuidado com isso aí.
4- Nunca tive esse problema e agradeço a Okami-sama por isso.
As historias apresentadas pela galera que respondeu isso seria o que talvez todo jovem gostaria de ter: pais que sabem que estão alimentando o psicológico de maneira inteligente sem que seu filho desvie para o mundo das drogas ou qualquer outra coisa negativa, como engravidar antes da hora etc.
Ai, Gaby, mas isso é tão clichê… Sim, é! E nós sabemos que é, mas tem gente que parou na idade da pedra! Como fazer eles se atualizarem? Mas aí acontece outro problema que um ser “mais velho” veio a contestar: como vocês querem que nós os entendam se vocês não sabem conversar para explicar isto?
É, galera, é outra coisa que a gente precisa aprender é saber como colocar pra fora!
5- Mas posa, Gaby, o Jamie Oliver é tão lindo e as receitas deles são super legais…
Eu também acho.
6- Conte-me uma coisa que aconteceu com você e eu transformarei em uma lição de vida.
Como diría o felipe neto: “POORRA, MÃE!”. Conte uma piada divertida para os seus amigos, e eles rirão. Conte para a sua mãe, e ela lhe dará uma lição de vida. Ainda querem que conversemos com vocês? Vou procurar minha turma!
7- Quando voce crescer e sua vida mudar, você não vai mais passar por isso.
Várias pessoas postaram sobre isso nos comentários. Seria, tipo, hoje nós (todos que sofrem do senso esnobe) odiamos o fato de não sermos respeitados, e que tudo o que fazemos só pessoas que também fazem nos entendem. Mas, que quando os tempos nos trouxerem responsabilidades e pessoas para cuidar, esse vai ser um assunto que não existirá mais em nossas mentes.
“Aaahhh, finalmente vocês entenderam, crianças!” – Senhor mais velho e esnobe falando para os perturbados com o síndrome do senso esnobe.
Olha, pode até ser. Mas eu vejo outro problema nisso. Ao passo em que se cresce, as pessoas esquecem que um dia já foram crianças, ou pior ainda, se esquecem como é ser criança ou adolescente.
Aí que tá: todo mundo fala que já foi criança e adolescente, que não é fácil. Mas ninguém se lembra como foi a sua época para entender o que se passa com o outro! Sö fazem dizer que “na minha época, era assim”, mas pouco importa se a sua época é diferente e você não consegue superar isso. E aí?
8- Minha mãe enche o saco quando eu fico no PC por tempo demais.
Se ela acha que o PC emburrece, eu dou meu TCC para ela ler. Quis quebrar os clichês sobre que videogames fazem mal, então aí está ele, de forma acadêmica e bonitinho para ela entender.
Se ela acha que você precisa se movimentar mais, dado que para jogar é preciso estar parado (exceto kinect e wii, tá), então faça algum esporte antes/depois de jogar! Pois, realmente, movimentar o corpo faz muito bem para várias coisas, emboré eu ainda não sou muito adepta a isto…. #sedentarismo
por fim…
As questões sobre Videogames fazerem bem para as pessoas é uma coisa recente, ainda. E, pessoalmente, eu quero contribuir muito para essa área, ainda, com meus estudos em doutorado e cia. Mas como ainda não é uma informação visivel e acessível para todos, nós vamos protestando e fazendo nossas partes aos poucos!
Quem quiser ampliar o post nos comentários, fiquem a vontade. Se o post render uma parte 3, nós a faremos também. Obrigada pela colaboração de todos. :3
chu~
Nintendista e fujoshi, Gaby (ou Mew, em tempos de MSN) nasceu jogando graças ao seu pai, que vendia videogames.
É formada em design gráfico só porque o criador do Mario cursou e atualmente escreve sobre videogames em sua pesquisa de mestrado.
Quem tiver Wii U e Smash Bros, sinta-se a vontade para adicionar meu username: gabrielly. :3 chus~
