Você já se perguntou o que poderia acontecer com você caso fosse jogado no espaço sem uma roupa própria para tal? Seria como nos filmes? Quão rápido você morreria? Seu corpo explodiria? Você teria uma chance de sobreviver? Veja as respostas para essas e outras perguntas a seguir, no Globo Repórter Garotas Geeks.

Obviamente, todo mundo já sabe que coisas boas não aconteceriam com a gente se ficássemos no vácuo (literalmente… metaforicamente também), mas o que exatamente aconteceria? Fiz esse post pois existem diversos mitos até hoje espalhados por aí que muita gente ainda acredita que sejam verdades (inclusive alguns diretores de cinema).

Cena de "O Vingador do Futuro" em que os olhos do personagem de Arnold Schwarzenegger explodem por ele estar sem um traje espacial.
Cena de “O Vingador do Futuro” em que os olhos do personagem de Arnold Schwarzenegger explodem por ele estar sem um traje espacial.

Os principais perigos de se estar no espaço sem proteção seriam a falta de oxigênio e o ebulismo (tradução não oficial de “ebullism”, mas como não achei a tradução oficial, vou usar esta palavra mesmo). Ebulismo é quando os fluídos corporais começam a ferver (e consequentemente a formar bolhas) devido a pressões baixas ou nulas, como é no caso do *espaço sideral*. O limite absoluto de altitude para o homem desprotegido pode ser colocado em 18.900 metros, altitude na qual a pressão barométrica é igual a 47 mmHg. A tensão de vapor d’água à temperatura corporal é também 47 mmHg. Ocorre a ebulição quando a tensão de vapor de um líquido se iguala, ou se torna maior, à pressão atmosférica. Por esse motivo os líquidos do nosso organismo ferveriam.

Obs: MAS ATENÇÃO! O sangue não se inclui nesses líquidos pelo fato de estar nas veias, ele apenas não circularia ~~~> “APENAS”… HU3

Bom, o resultado do ebulismo seria uma visão terrível! Nosso corpo poderia chegar até a duas vezes o seu tamanho normal, mas não explodiria, já que nossa pele é elástica o suficiente para suportar esta situação. Sem falar que deve doer pouco, né.

Além disso, tem a questão da falta de ar (claro, é vácuo, dert). Após aproximadamente 15 segundos, seu corpo teria usado todo o oxigênio presente dentro dele e você perderia a consciência. “Mas e se eu prendesse a respiraçããão, tia? Eu consigo segurar por mais de 1 minuto” Eu diria que você é um idiota um pouco ingênuo, pequeno gafanhoto.

A situação no espaço é “um pouco” diferente” daqui na Terra. Considerando que não teríamos a pressão atmosférica, o ar dentro de nós se expandiria rapidamente, fazendo com que nossos pulmões explodissem. Ou seja, não é uma boa ideia. Já anota no seu caderninho aí para coisas que você deve lembrar em situações de emergência: se alguém te jogar algum dia no espaço, pelo amor de Jesus, Maria e José, não tente prender a respiração.

Crédito da foto: NASA Goddard Space Flight Center
Crédito da foto: NASA Goddard Space Flight Center

Voltando, após perder a consciência, você provavelmente duraria um ou dois minutos no máximo antes de morrer. E claro, enquanto você tá lá apagadão, ainda tem os raios UV que vêm do Sol que te causariam queimaduras ter-rí-veis. Os raios ultravioleta junto a outros fótons de alta energia (raio-x e radição gama) também causariam um dano terrível ao seu DNA, levando a mutações que muito provavelmente te causariam câncer (se você sobrevivesse, HU3).

Algo que as pessoas se confundem muito é achar que nós congelaríamos rapidamente, já que o espaço é ‘extremamente gelado’ (total ausência de calor), mas isso não aconteceria, porque nosso corpo perderia calor muito lentamente, quando chegássemos no ponto de congelar, já estaríamos mortos há muito tempo.

Em suma, você incharia, queimaria, mutaria, desmaiaria e seus pulmões poderiam explodir. Mas não se preocupe (muito), se você for resgatado rapidamente, há grandes chances de sobrevivência. Como aconteceu com o astronauta (cujo nome não é divulgado) durante um treinamento da NASA em 1965. O seu traje se rompeu e, após 14 segundos, ele desmaiou, mas logo em seguida desligaram o aparelho de simulação e ele pode ser recuperado. Então força, galera!

Fonte: IFLScience

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