Atenção: Esse é um post de pura nostalgia e de muita saudade.

Era uma vez, uma menina que não tinha um Super Nintendo, nem um Mega Drive, e muito menos um Nintendinho. Essa menina era eu.
Meus pais nunca acharam que valia a pena gastar dinheiro comprando videogames para a filha caçula nos anos 90, porque ela tinha mesmo era que ganhar baldinhos de LEGO e bonecas (que segundo a Deborah, são fetos de plástico LOL).
Eu adorava minhas bonecas e meu balde de LEGO, mas eu também adorava videogames. E ao longo dos anos eu tive que desenvolver a arte do “migué para jogar videogame na casa do vizinho”. E era necessário muita habilidade e cara de pau.
Lembro até hoje o dia em que uma família mudou na casa bem em frente à minha. Eu acabei ficando amiga da filha do casal e foi quando descobri que o pai da menina tinha UMA LOCADORA. (quem viveu nos anos 90 sabe a quantidade de tempo que nós gastávamos dentro da locadora jogando videogame)

Não há como negar.

E claro, eu dava intermináveis migués para ir com ela na locadora pra poder jogar de graça. hihi
Isso incluía ficar espiando pela janela da sala para ver quando eles iam sair de casa, e exatamente no mesmo momento, eu poderia ir conferir a caixa de correio no portão de casa, como quem não quer nada e ouvir: “Oi Tamirys, a gente tá indo na locadora com meu pai! Quer ir também?” e eu entrar em casa correndo pra pegar meu tênis enquanto gritava: “Mãe, mãe, mãe tô indo na locadora do pai da Natália!”

O 1º amor (nos games):
Até que um dia a paixão vem. *suspira*
Todo mundo já teve o 1º game que marcou pra sempre a sua vida (e talvez seu estilo de game favorito).
Comigo não foi diferente. Como eu não tinha nenhum videogame ~moderno e descolado~ na época, eu me contentava com o Intellivision II do meu irmão, que era uma espécie de Atari do Paraguai.

Super Nintendo era muito mainstream pra mim

Muita gente não sabe, mas a diferença de idade entre meu irmão e eu é de 18 anos, então enquanto todo mundo tava se divertindo jogando o seu Mega Drive ou Super Nintendo, eu tava em casa, jogando o Intellivision II do meu irmão, fabricado em 1983. SOU RETRÔ DESDE PEQUENA, BEIJOS.
E o jogo que eu MAIS GOSTAVA na vida era o Burgertime, um jogo japonês em que você controlava o Peter Pepper, um cozinheiro que tinha que fugir de salsichas, ovos, e picles enquanto fazia sanduíches. (um concept criado, possivelmente, após as dorgas dos anos 70)
É com os olhos brilhando que mostro o gameplay para vocês! *-*
 


Só eu sei o quanto eu fugia daquela salsicha. QQQQQ?

Só de ouvir a musiquinha já me enche de saudade! E mesmo encontrando emuladores do Intellivision II para PC (e até uma versão em flash do jogo, bem porca), ainda não é a mesma coisa. E nunca vai ser.
Porque o primeiro amor a gente nunca esquece, não é? <3

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