Só mina fabulosa.

Nós aqui do Garotas Geeks estamos desde sempre conversando sobre estereótipos femininos, suas influências e seus malefícios. E como nos encontramos em pleno século 21, 2016 anos D.C., vale lembrar que ainda ter gente inventando regras sobre o que tem valor socialmente no comportamento, modo de vestir ou qualquer coisa que tenha relação à vida particular de uma mulher é o cúmulo do absurdo. Querer ditar onde a mulher deve estar e como ela pode encontrar a felicidade é ridículo. Como bem pontuado pela revista AzMina: “Nós mulheres existimos em todos os tamanhos e formas e atendemos a diversos modelos de felicidade”.

Então, achamos nada mais do que justo participar do protesto “#bela, recatada e do lar”, pra mostrar que não tem nada de errado em escolher uma vida tradicional, mas também que mulheres que não seguem essa vida TÊM IGUAL VALOR. Não são suas roupas, seu modo de falar, seu modo de agir, seu modo de cortar e pintar o cabelo, sua sexualidade ou qualquer coisa do tipo que define qual o valor que você tem. Independentemente de escolhas pessoais, mulheres são seres humanos e como tais não deveriam TER de ser recatadas para merecer respeito. Mulheres merecem respeito sendo recatadas ou excêntricas, sendo do lar ou sendo CEO de grandes empresas, sendo mães ou preferindo criar gatos. A Aline Valek resumiu todo o meu sentimento sobre o assunto de forma bem clara:

“Mulheres são pessoas. Portanto, merecem direitos iguais; Mulheres não devem ser discriminadas no mercado de trabalho e suas oportunidades não devem ser limitadas aos papéis de gênero que a sociedade impõe sobre elas; Nenhuma mulher é uma propriedade. Nenhum homem tem o direito de agredir fisicamente ou verbalmente uma mulher, ou ainda determinar o que ela pode ou não fazer; O corpo da mulher é de direito somente da mulher. A ela cabe viver a sua sexualidade como bem entender, decidir como vai dispor de seu corpo e da sua imagem, com quem ou como vai se relacionar; A representação da mulher na mídia não pode nos reduzir a estereótipos que nos desumanizam e ajudam a nos oprimir; Mulheres não são produtos. Não podem ser tratadas como mercadoria, isca para atrair homens, moeda de troca ou prêmio; Papéis de gênero são construções sociais e não verdades naturais e universais. Nenhum papel de gênero deve limitar as pessoas, homens ou mulheres, ou ainda permitir que um gênero sofra mais violência, seja mais discriminado, tenha menos direitos e considerado menos gente; Mulher não “tem que” nada, se não quiser. Isso vale para ser “amável” ou falar palavrão, fazer sexo ou não fazer, se depilar ou não depilar, usar cabelo grande ou curto, “encontrar um homem” ou ficar solteira, sair com vários caras ou preferir mulheres, ter filhos ou não ter, gostar de maquiagem ou não (e por aí vai em todas as regras que cagam ou possam vir a cagar sobre nossas vidas).”

Sim, mulher não tem que ser fraca e passiva e sua existência não se resume a viver pra agradar ou se subjugar a macho nenhum. E sim, mulher não tem que se obrigar a ser forte, a ser líder, podendo muito bem ser feliz sendo do lar e dedicando seu tempo e esforço pelo bem da família e dos filhos. Então, para ilustrar nosso protesto, escolhemos as mulheres que mais temos admiração dentro do mundo geek, mulheres que dizem com todas as letras que ninguém do sexo feminino têm de estar à sombra de alguém (atrás de uma mulher bem sucedida, tem ELA MESMA), sendo protegida e “salva” o tempo todo, mas sim tendo o direito de ser como quiser sem julgamentos à sua moral ou capacidade.

Segue a lista de minas do mundo geek em geral que são EMPODERADÍSSIMAS, BELÍSSIMAS, RECATADÍSSIMAS E “DO LAR”:

Mulher Maravilha

“Mulher não abre as pernas assim em público, olha o recato!”

Annalise Keating

GENTEEE! Kde o recato????

Beatrix Kiddo

Que falta de recato esse vocabulário!

Fa Mulan

Chutando um superior dessa forma… BONS TEMPOS QUANDO A GENTE PREZAVA O RECATO

Sailor Moon

Onde já se viu mulher recatada trocar de roupa no meio da rua???!!

Continua que tem mais —>

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