Lugar de mulher também é no cinema!
Nós falamos bastante sobre a luta das mulheres em busca de representatividade e paridade de gênero na indústria do entretenimento, e lentamente essa luta tem dado resultados. Um novo estudo feito pela The Geena Davis Institute on Gender and Media demonstrou que em 2019 houve o maior registro de personagens femininas protagonizando filmes “para toda a família”.
No último ano, 48 dos 100 filmes “para toda a família” com maior bilheteria (esse conceito engloba filmes liberados para menores de 13 anos) foram estrelados por protagonistas femininas. Esse número é o dobro do registrado em 2017, em que apenas 24% dos filmes tinham protagonistas mulheres.
Davis expressou a importância da representatividade, afirmando o seguinte:
A imagem da mídia tem um enorme impacto em como nos vemos e julgamos o nosso valor… Quando você vê alguém como você refletido, você recebe a mensagem: ‘Há alguém como eu, eu pertenço’. E é por isso que é vital para as crianças verem – desde o início – mundos fictícios que refletem o mundo real, que é metade feminino e muito diverso.
Garotas muito provavelmente terão mais chances de ver que são tão importantes quanto garotos, e que são responsáveis por metade de tudo que é interessante, importante…. Garotos receberão essa mensagem inconscientemente também, e provavelmente terão mais chances de ver as garotas como iguais.
O estudo mostrou também um aumento em pessoas de etnias diversas e com deficiências em papéis como protagonistas. Personagens LGBT+ porém, tiveram uma diminuição, e ainda há muito a ser feito em termos de representação entre as diversas comunidades marginalizadas.
Davis e sua organização continuam comprometidas em responsabilizar Hollywood por seus problemas e ajudar a criar consciência sobre a importância da representatividade.
Como afirma a atriz, produtora e escritora: Ainda há muito trabalho a ser feito, mas estamos animadas com o progresso até então.
Fonte: The Mary Sue
Débora é musicista, professora de artes, pesquisadora de sociologia de gênero. Autoproclamada otaku-não-fedida e gamer casual. A alcunha de Liao veio de um site aleatório de geração de nomes japoneses (Liao é chinês, mas tudo bem).