Olá! Hoje vim falar de um mangá que eu adoro, chamado Yamada Tarou Monogatari. O título traduzido significa algo como “O conto de Yamada Tarou”, acho que já deu pra sacar qual é o nome do personagem principal, né? Sim, o nome dele é Tarou, um garoto lindo, amado por todas as garotas do seu colégio e como se não bastasse isso, ele também é inteligente e se dá muito bem nos esportes.

Agora vocês me perguntam, o que tem de tão bom nesse mangá? Ele foi escrito e desenhado por Morinaga Ai, lá em 1996. Como vocês provavelmente ainda não entenderam eu vou explicar melhor, a Morinaga-sensei tem um jeito um pouco… peculiar de escrever seus mangás. Eles sempre possuem alguma coisa que os torna diferentes. A história de Yamada Tarou Monogatari não é exceção. Ela é pura comédia, cheia de reviravoltas e ótimos personagens. Neste caso o diferencial é o próprio Tarou. Apesar de ser lindo, inteligente e atlético, ele é pobre. Muito pobre. Mas espera aí. Ser pobre não é nada estranho, existem outras histórias em que os personagens principais são pobres. Sim elas existem, mas não como nesta aqui.

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Vou começar falando um pouco sobre o nome dos personagens. Yamada Tarou é aquele nome genérico que seu professor iria usar em um problema de matemática. Yamada é um dos sobrenomes mais comuns do Japão e Tarou, um dos nomes mais comuns. Além disso, Tarou significa primeiro filho. Ok, mas o que isso tem a ver com a história? Acontece que nosso personagem principal tem nada mais, nada menos do que seis, isso mesmo, seis irmãos mais novos, sendo que todos foram nomeados pela ordem de nascimento. Seus nomes são: argh, perdi a listinha de nomes… Ahem, seus nomes são, em ordem de nascimento: Jirou, Saburou, Yoshiko, Itsuko, Mutsumi e Nanami. Em outras palavras, a intenção da autora foi realmente criar a clássica família pobre, cheia de crianças e sem originalidade nos nomes.

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Apesar de Tarou ser pobre, em sua escola existe o boato, cuja veracidade ninguém contesta, de que o garoto é herdeiro de uma grande empresa e, portanto, podre de rico. O único que sabe a verdade é seu melhor amigo, Mimura Takuya, que a mantém em segredo. De acordo com ele, se todos da escola soubessem, sua diversão terminaria.

Takuya é um garoto rico, mas se diverte na casa de seu amigo pobre, principalmente por todos serem um pouco estranhos – apesar de ele também não escapar dessa definição. Ele é um pouco sádico, se diverte com a desgraça dos outros (isto é, do nosso pobre Tarou) e não ajuda a menos que se beneficie com a situação. Mesmo assim ele é um personagem bem legal.

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Já a família Yamada é um pouco diferente. Todos têm seu jeitinho brasileiro Yamada de conseguir dinheiro e comida. Tarou, por exemplo, consegue ouvir o som de uma moeda à mais de 1 km de distância e usa o bentou que ganha de suas admiradoras como janta. Acho que a única pessoa que eu não gosto muito na família é a mãe dele, Ayako. Ela está sempre causando problemas…MAS isso gera situações engraçadas no mangá!

Temos também sua amiga, Ikegami Takako. Por não querer ficar igual aos seus pais, a garota tem como objetivo de vida casar com um homem rico e subir na vida. Como Tarou é perfeito e todos acreditam que ele é rico, Ikegami já o considera seu pretendente, e vai fazer de tudo para que ele a escolha.

"Devo voar para o alto de um galho e virar uma fênix, deixando essa vida de plebeia para trás!", Ikegami Takako
“Devo voar para o alto de um galho e virar uma fênix, deixando essa vida de plebeia para trás!”, Ikegami Takako

Mas já aviso que se você quiser romance é melhor não esperar muita coisa. As únicas coisas que importam para Tarou são dinheiro e comida. Mesmo se uma garota se jogasse nua em cima dele, eu duvido que ele fizesse algo. Pois é, triste para todas as suas admiradoras, hahahaha.
Outra coisa que eu adoro nesse mangá é a arte. Não sei explicar muito bem o porquê, mas acho que a Morinaga tem um estilo meio misturado, não é aquele mangá clássico antigo e nem os mais modernos. Yamada Tarou foi seu primeiro trabalho e gostei da evolução do traço durante a publicação do mangá.

Imagem para mostrar a evolução da arte. À esquerda, Tarou seduzindo  no capítulo 3. À direita, Tarou seduzindo no capítulo 36.
Imagem para mostrar a evolução da arte. À esquerda, Tarou seduzindo no capítulo 3. À direita, Tarou seduzindo no capítulo 36.

Yamada Tarou Monogatari é um mangá que recomendo muito, a história pode não ser profunda, mas o que faltar de lágrimas vai sobrar em risadas e tem muita gente bonita para lavar nossos olhos. =P Ah, antes que eu me esqueça! Se você se interessou pelo mangá e gosta de drama televisivo japonês, sim, existe drama de Yamada Tarou Monogatari. Eu pessoalmente não gostei muito, prefiro mil vezes o mangá, mas tem muita gente que viu e gostou, então vale a pena dar uma conferida e formar sua própria opinião!!

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