O Diário de Anne Frank conta a história de uma adolescente judia em meio a perseguição nazista.

Anne Frank viveu o início da sua adolescência fugindo dos nazistas com sua família e conhecidos. Apesar de a veracidade do diário ter sido questionada por algum tempo, uma investigação realizada pelo Instituto para Documentação de Guerra fez com que ele fosse dado como autêntico e publicado em sua totalidade – ainda que haja partes em que seu pai, Otto, tenha pensado em censurar.

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O diário de Anne é um relato impressionante sobre sua vida enquanto judia e a tensão, não só dela mas também de sua família, de ficarem presos para a própria proteção. Todos eles moravam em um anexo localizado em um prédio antigo onde seu pai trabalhava. Lá, moravam Anne, os pais e a irmã mais velha, a família van Daan e o senhor Dussel.

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Há diversos relatos sobre os amigos que tinham, sobre a casa onde “moravam”, sobre o medo que sempre sentiam de qualquer barulho poder significar a descoberta e sobre a guerra, num geral.

O diário é datado de 12 de junho de 1942 a 1 de agosto de 1944. Além do seu dia-a-dia, Anne escrevia sobre seus sonhos, contos e crônicas, falava sobre seus projetos futuros e sonhava em ser escritora e publicar, não só livros como artigos em jornais.

Anne falava não só sobre seus desejos, sobre sexualidade, sobre família e sobre as paixões que tinha, como idiomas, árvores genealógicas e história, mas sobre seus sonhos, sobre as críticas que recebia e sobre quem ela queria se tornar quando a guerra acabasse.

“E se não tiver talento para escrever livros ou artigos de jornal, sempre posso escrever para mim mesma. Mas quero conseguir mais do que isso (…) Preciso ter alguma coisa além de um marido e filhos a quem me dedicar! Não quero que minha vida tenha sido em vão, como a maioria das pessoas. Quero ser útil ou trazer alegria a todas as pessoas, mesmo àquelas que jamais conheci. Quero continuar vivendo depois da morte! E é por isso que agradeço tanto a Deus por ter me dado este dom, que posso usar para me desenvolver e para exprimir tudo que existe dentro de mim!” – Anne Frank

No dia 4 de agosto de 1994, policiais invadiram o Anexo Secreto, levando Anne, sua família e amigos. Ela e sua irmã passaram por Auschwitz e depois foram levadas para Bergen-Belsen (campo de concentração perto de Hannover, Alemanha). Seu pai foi o único sobrevivente.

Se, num geral, eu sempre acabo pensando sobre a vida das pessoas que cruzam meu caminho, pensar no que poderia ter sido a vida de uma adolescente que tinha tanta esperança de ver a guerra chegar ao fim é muito mais intenso.

Eu não só recomendo a leitura quanto a considero obrigatória! Para quem prefere os filmes, segue um trailer 😉

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