Se 2010 foi o ano de Lost, acho que posso me atrever a dizer que 2011 será o ano de Game of Thrones. Desde o último episódio de Lost que não se via tanta gente comentando sobre uma série como está acontecendo agora.
No domingo, a HBO exibiu o décimo, e último, episódio da 1ª temporada de Game of Thrones, que é baseada na história do primeiro volume de As Crônicas de Gelo e Fogo, uma série de sete livros escrita pelo americano George R. R. Martin, denominado como o “Tolkien americano” pela revista Time.
Hoje vou falar para vocês por que Game of Thrones é, sem dúvida, o maior destaque entre as séries de 2011.

A minha primeira reação ao assistir Game Of Thrones foi: “AI, MEU DEUS DU CÉU! É O BOROMIR!”
Sim, um dos protagonistas da série é interpretado por Sean Bean, o nosso querido Boromir de O Senhor dos Anéis. O elenco da série é incrível, com personagens fortes e cenas mais marcantes ainda.
A história acontece em Westeros, um continente fictício, onde as estações duram por anos ou até mesmo décadas, e o foco principal de toda a trama é o jogo de interesses e a luta pelo poder que ronda o trono de Westeros.
A trama vai interligando diversos conflitos: A ganância que envolve o trono de Westeros, uma ameaça de criaturas obscuras conhecidas como “Os Outros”, e a ambição de Daenerys Targaryen (minha personagem favorita), a filha exilada de um antigo rei que foi assassinado.
A maioria das personagens são humanos, mas, conforme a série progride, outras raças são apresentadas, enriquecendo ainda mais o enredo.
As histórias vão sendo introduzidas em partes, nos mostrando o que acontece dentro de cada família. As principais são Stark, Lannister, Baratheon e Targaryen, as quais vão se interligando ao longo dos episódios.
E, particularmente, acho que os Lannisters parecem ser a versão da família Malfoy na série. Destaque para Jamie Lannister, que parece a encarnação humana do Encantado de Shrek, e para o príncipe Joffrey, o Justin Bieber de Westeros. LOL
As principais características do enredo são a violência (SANGUE, SANGUE E SANGUE! Se tem estômago fraco é melhor se preparar), traições, ganâncias, suspense, batalhas épicas com espadas, e sexo (nudez e cenas de sexo hot são comuns).
Além do ótimo roteiro, a produção da série também é de primeira, começando pela abertura que vai mostrando a construção de Westeros em cenários 3D, se movendo em várias direções do reino, passando por cada família e suas casas, acompanhada de uma trilha sonora perfeita como se pode ver no vídeo abaixo.

A adaptação do primeiro livro da série para a TV foi muito bem feita pela HBO, que desembolsou 10 milhões de dólares (só no novo primeiro episódio) para dar vida aos Sete Reinos de Westeros. Mas, claro, a adaptação nunca é completamente fiel e jamais conseguirá dar o devido destaque à todos os personagens quanto os livros, isso todos nós já sabemos pela questão do tempo reduzido.
Na TV, a série ganhou um roteiro complexo, em que os telespectadores são apresentados a pelo menos 20 personagens diferentes desencadeados de várias formas. É preciso ficar atento para não perder nada, nem um episódio sequer!
Os episódios possuem reviravoltas que prendem a atenção e deixam o público desesperado pelo “próximo capítulo”, bem parecido ao que os fãs de Lost sentiam até ano passado. E se fosse possível comparar Game of Thrones com outra série (o que é impossível), eu diria que seria uma mistura entre a ansiedade que Lost gerava com seu enredo e as características da série Rome, que também engloba um universo cheio de batalhas, traições e sede pelo poder.
Entretanto, a série foi inevitavelmente comparada à triologia de Senhor dos Anéis, pela semelhança do gênero fantástico, e muitos chegaram a dizer que Game of Thrones “é um Senhor dos Anéis com sexo.” Mas não é. Enquanto Senhor dos Anéis foi inspirado pela mitologia nórdica, As Crônicas de Gelo e Fogo é fortemente influenciada pela história medieval (mais especificamente pela Guerra das Rosas). E isso é perceptível ao longo dos episódios da temporada, pois enquanto Tolkien abordava mais os relacionamentos românticos, Martin fala sobre sexo, incesto, adultério, estupro e prostituição, sem o menor pudor.
Game of Thrones não é uma fábula medieval (não que Senhor dos Anéis seja), e seu objetivo não é encantar o leitor/telespectador com elfos, duendes e magias, mas sim envolvê-lo numa trama muito bem elaborada e munida de um universo fantástico, e ao mesmo tempo realista e sombrio.
Talvez o grande segredo de sucesso da série seja o seu universo fantástico unido a tantas histórias interligadas em seu roteiro, gerando um suspense a cada episódio. E tal tema acaba agradando tanto aos que gostam do gênero fantasia e que passaram a juventude consumindo cultura nerd e livros sobre aventuras infanto-juvenis, quanto os curiosos que gostam de uma série envolvente e dinâmica.
Me surpreendi muito com Game of Thrones e a série me ganhou a partir do 5º episódio.
A 2ª temporada da série já foi confirmada e vai começar a ser gravada em 25 de Julho, na Irlanda, e irá ao ar em 2012.
Os livros possuem 4 volumes publicados (os dois primeiros já disponíveis no Brasil), e o 5º volume está anunciado para Julho, enquanto os outros 2 últimos volumes ainda não tem data para lançamento. Ao todo, a série foi traduzida em mais de vinte línguas, tem mais de 4,5 milhões de cópias impressas nos Estados Unidos e vendeu mais de 7 milhões de exemplares em todo o mundo.

Esse post é apenas um aperitivo que mostra a ponta do iceberg do que Game of Thrones realmente é.
Indico a 1ª temporada para aqueles que ainda não conhecem, e acredito que não vão se arrepender, assim como eu não me arrependi. (:
Deixo vocês com o trailer da 1ª temporada (para quem ainda não assistiu) e com o teaser da 2ª(para quem já está ansioso).
E só para não perder o costume: The winter is coming.


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