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Emilia Clarke seguiu em frente com sua carreira depois do final de Game of Thrones. Ela resolveu voltar às suas raízes no teatro, e está estrelando a peça “The Seagull”, de Chekov, em Londres. Ainda que ela tenha ido buscar coisas melhores, ela ainda não conseguiu superar completamente seu tempo em Westeros, ou pelo menos os últimos momentos de sua personagem.
“Sim, eu me senti mal por ela. Eu realmente me senti mal por ela”, afirmou a atriz em entrevista ao jornal londrino The Times, ao ser questionada sobre a súbita mudança de Daenerys no final da série, ao deixar de ser a amada Mãe dos Dragões e Quebradora de Correntes para se tornar a genocida de Porto Real. Ela foi de salvadora à vilã em muito pouco tempo, e acabou sendo morta por seu sobrinho e amante, Jon Snow. E disse:
Sim, eu fiquei irritada que Jon Snow não teve que lidar com nenhuma consequência. Ele se livrou da acusação de homicídio – literalmente.
A reação de Emilia ao ler o roteiro dos episódios finais foi única, apesar de parecer que ela teve tanta dificuldade para lidar com ele quanto os fãs.
Eu sabia como me sentia quando li pela primeira vez, e tentei, o tempo todo, não pensar muito no que as outras pessoas iriam falar.
Ela afirmou em várias entrevistas o quão chateada estava, e como ela tentou seu melhor para humanizar a Dany do final da história. Aqui no Garotas Geeks, também fizemos um post falando sobre isso.
Mas eu sempre levei em consideração o que os fãs pensariam – porque nós fizemos tudo por eles, e eles foram aqueles que nos tornaram bem-sucedidos, então seria ao menos educação, não?
A atriz também concorda que a temporada final pegou muito pesado em questões gerais, deixando de lado a história e os diálogos.
Era tudo sobre encaixar as peças… Eu acho que a natureza sensacional da série era, possivelmente, por causa da grande quantidade de tempo que tivemos nas telas, porque isso é o que fazia sentido.
A última temporada e a mudança de Dany para a vilã poderiam ter de fato funcionado melhor se os escritores não tivessem feito tudo nessa correria. Seis episódios foi muito pouco tempo para trabalhar a história, que facilmente poderia ter sido trabalhada em duas temporadas completas, mas os showrunners queriam acelerar as coisas.
Emilia disse que se sentiu como “uma pequena engrenagem em uma máquina enorme”, sensação provavelmente compartilhada pela maioria dos atores graças ao ritmo alucinado do final da série, em temporadas corridas que varreram uma série anteriormente maravilhosa para debaixo do tapete.
A atriz, porém, continua agindo de maneira diplomática com relação ao seu tempo na série, reafirmando toda sua gratidão pela experiência e reconhecimento mundial que o seu papel como Daenerys trouxeram a ela. Ainda assim, é muito bom vê-la sendo honesta sobre os defeitos das temporadas finais, e também por saber que não estamos sozinhas em nosso desejo de que as coisas poderiam ter sido melhor trabalhadas com relação a Rainha Dragão.
Fonte: TheMarySue
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Débora é musicista, professora de artes, pesquisadora de sociologia de gênero. Autoproclamada otaku-não-fedida e gamer casual. A alcunha de Liao veio de um site aleatório de geração de nomes japoneses (Liao é chinês, mas tudo bem).
