Quantas pessoas conhecemos, ou mesmo quantos de nós, estão sempre em busca da felicidade? Em Sushi, acompanharemos a história de três mulheres ligadas entre si, mas completamente diferentes, buscando um sentido para sua vida.

Sushi é um chick lit escrito pela irlandesa Marian Keyes. Publicado pela Bertrand Brasil, o livro conta a história de Lisa Edwards, Ashling Kennedy e Clodagh Kelly. Sabe quando entramos numa fase tão acomodada que é difícil até reagir ao que parece errado? Essa é a vida delas, seja na parte profissional, na personalidade ou no relacionamento.

Foto: http://tequiladiaria.wordpress.com/
Foto: http://tequiladiaria.wordpress.com/

Lisa é uma mulher independente que colocou o trabalho acima de tudo, inclusive da própria família. Ela trabalha em uma revista em Londres e quando recebe a notícia que seria promovida, suas expectativas a traem: na verdade, ela é escalada para lançar a revista Garota, em Dublin. Isso a faz se corroer por dentro, mas ela jamais assumiria sua infelicidade.

Ashling, por sua vez, é promovida a um cargo na nova revista Garota. Trabalhando ao lado de Lisa e duvidando cada vez mais de seu potencial, ela coleciona dezenas de problemas e só encontra soluções que cabem na bolsa, como remédios ou band-aids. Por isso (ou devido a isso), vive com a sensação de que tem um buraco a ser preenchido na vida.

Por fim, temos Clodagh, amiga de Ashling, mas sempre bem sucedida, sempre mais bonita e popular. Casada com um marido que faz de tudo por ela, mas que ela não suporta o toque, dois filhos lindos, mas insuportáveis e com a “sorte” de nunca ter precisado correr atrás de um emprego.

Sabem como é. As vezes, você conhece uma pessoa maravilhosa, mas apenas por um rápido instante. Talvez em férias, num trem ou até numa fila de ônibus. E essa pessoa toca sua vida por um momento, mas de uma maneira especial. E, em vez de lamentar o fato de ela não poder ficar com você por mais tempo ou por você não ter a oportunidade de conhecê-la melhor, não é mais sensato ficar satisfeito por ter chegado a conhecê-la um dia?

Por mais que boa parte das situações sejam diferentes das nossas, é muito fácil se identificar com detalhes da personalidade das personagens. São tão bem construídas que, às vezes, até me irrito identificando em alguma delas problemas que vejo em mim (mas né, passar por isso lendo, quem nunca?).

Vale a pena?

O começo do livro é um pouco lento e difícil de engatar e mesmo assim te faz sempre ter vontade de continuar o próximo capítulo, já que apesar de a história poder ser previsível (acertei algumas coisas e errei totalmente outras), bate a curiosidade pra poder acompanhar a vida de cada uma. Gosto muito dos livros da Marian porque ela fala de realidades de um jeito leve e até mesmo irônico.

Além disso, mesmo sendo um livro grande, a leitura é fácil e rápida – então, se você tem refletido sobre a vida, o universo e tudo mais nesse começo de ano, fica a dica 😀

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