Se você gosta de leitura, livros, mundos mágicos, você deveria prestar atenção nessa série!
Uma bibliotecária, que também é espiã e trabalha para uma biblioteca “invisível” e interdimensional, e precisa recuperar livros raros. Vampiros, lobisomens, dragões, seres feéricos e toda a sorte de criaturas e forças mágicas: tudo isso em uma Londres alternativa, com um submundo cheio de disputas de poder entre Ordem e Caos e os seres humanos seguindo suas vidas, sabendo desses conflitos. Esse é um dos resumos possíveis de A Biblioteca Invisível, livro de estreia de Genevieve Cogman; que também dá nome à série sobre Irene, uma bibliotecária que precisa recuperar livros para que os mundos mantenham um equilíbrio natural, e não sejam dominadas por forças que não conseguem suportar.
Sim, isso mesmo, o livro é tão mágico quanto aparenta, e esse parágrafo não contém nenhum spoiler. Tem muitas outras coisas acontecendo ao mesmo tempo!
Ao longo da leitura de A Biblioteca Invisível você vai sentindo um carinho e uma identificação crescente com Irene, personagem principal. Irene é uma protagonista forte e independente, que segue a risca sua função como bibliotecária e toda a responsabilidade que esse cargo carrega. É a protagonista que todas gostamos de ver: ela é humana, tem seus problemas e seus conflitos de ideias, mas não deixa de ser uma heroína inspiradora, intensa e decidida. Durante o primeiro livro, a maioria das interações de Irene são com outros homens, o que talvez seja um dos pontos negativos pois seria incrível ver Irene interagindo com mais mulheres, mas isso não muda o fato de que ela mantém seu propósito fresco na cabeça: ela é uma espiã da biblioteca e precisa trabalhar da forma como foi dito a ela (mas isso também não a impede de questionar certas coisinhas que acontecem em seu emprego).
Aliás, seus companheiros de aventuras também tem personalidade encantadoras: Kai, seu ajudante misterioso, é um rapaz com um passado que não gosta muito de comentar; Vale, um detetive dessa Londres alternativa, é um homem altamente confiável; e Lord Silver, um ser feérico impossível de não sentir aquela confusão de amor e ódio.
O segundo volume da série não fica atrás de jeito nenhum: as relações entre Irene, Kai, Vale e Lord Silver são ainda mais exploradas, sem perder o tom, permanecendo uma obra incrível com uma protagonista maravilhosa.
Genevieve Cogman escreveu algumas aventuras para RPG, como freelancer, e esse contato com os jogos pode ser percebido na sua narrativa, que é absolutamente empolgante. Seu humor é sutil e agradável, com doses certeiras de sarcasmo e ironia, fazendo Irene ser ainda mais apaixonante.
Com muitas referências a esse mundo de livros que nós amamos, A Biblioteca Invisível é um livro delicioso de ler!
Os dois primeiros volumes da série, A Biblioteca Invisível e A Cidade das Máscaras foram lançados no Brasil pela Editora Morro Branco.
Crédito das imagens: Editora Morro Branco
Graduada em história, levo uma vida baseada em referências de filmes dos anos 80 e 90. Escrevo e pesquiso sobre terror.