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[PUBLIEDITORIAL]

A Contrapartida, de Uranio Bonoldi, é um livro de suspense, baseado em assassinatos em série que ocorrem em um ambiente de misticismo e suspense, ao largo do alcance da investigação policial. As suas 400 páginas são recheadas com uma trama de mortes, vinganças, manipulações e uma dose de traição.

O livro dialoga bastante com a questão das escolhas, como e porque as fazemos, e quais são as suas consequências. Para saber mais sobre o que achamos, dá uma olhada no nosso vídeo:

Mas, além da questão as escolhas, A Contrapartida também têm um viés místico que é bem interessante, e que permeia toda a sua narrativa. Sem dar muito spoiler, a obra trata bastante da questão da transmutação das energias entre os corpos, o que ajuda a dar uma apimentada nas relações entre os personagens do livro, e adiciona uma camada bacana para o leitor.

Para quem não sabe, o conceito de transmutação nasceu com a alquimia, e, na época, acreditava-se que era possível converter de um elemento químico em outro, como chumbo em outro. Contudo, a palavra foi se alterando ao longo dos anos, ganhou novas definições, e chegou a ser aplicada na física. Claro que você não vai escutar falar de transmutação espiritual na física contemporânea, mas a transmutação alquímica deu base para se pensar a fissão nuclear.

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Já na ficção, há vários tipos de transmutação: o Transmorfismo Corporal é a capacidade de assumir a forma e a aparência física de qualquer indivíduo, como visto em vários filmes sobre magia; já a Transmutação Mística é o poder de transmutar as moléculas do corpo em qualquer coisa, como terra, fogo, água, metal, etc.

Contudo, talvez a transmutação mais interessante, e a presente em A Contrapartida, seja uma forma de vampirismo. Ou seja: drenar a vida se seus oponentes para conseguir algo em troca. O nosso medo do vampirismo vem de um local bem real, já que práticas de transmutação entre corpos são presentes em muitas culturas, incluindo com Vlad Tepes: a figura histórica real que gerou o conto de Drácula.

Era dito que Vlad, o Empalador (também chamado de Dracul – filho do dragão) não apenas emalava suas vítimas, mas fazia suas refeições entre os cadáveres, passando o pão no sangue dos inimigos. Faz parte de uma crença de que beber o sangue ou consumir o corpo dos oponentes trazia a força e a sabedoria dos vencidos para o vencedor. Essa e uma das premissas do livro de Bonoldi, que apresenta uma leitura bem dinâmica.

Se você curte histórias de suspense misturadas a misticismo, e se você gosta de se questionar sobre escolhas e a quantidade de liberdade que temos para toma-las, A Contrapartida pode ser seu próximo livro. E para completar, que tal conhecer obras similares?

princesagelo“A Princesa do Gelo”, Camilla Läckberg

A biógrafa Erica Falck encontra seu passado mergulhado num lago gelado de sangue. A história leva o leitor a acompanhar os passos de Erica e descobrir por que grandes segredos permaneceram tanto tempo escondidos e como o silêncio pode matar a alma.

 “A Garota do Trem”, Paula Hawkins

Um thriller psicológico que vai mudar para sempre a maneira como você observa a vida das pessoas ao seu redor Todas as manhãs Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas d’água, pontes e aconchegantes casas. Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes – a quem chama de Jess e Jason –, Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem.

“A Tempestade do Século”, Stephen King

Little Tall é uma pequena cidade que fica em uma ilha longe do continente e está prestes para receber uma violenta tempestade de neve. Paralelamente Andre Linoge (Colm Feore), um forasteiro bastante estranho, chega na pequena cidade e cria pânico e morte entre os moradores. Ele sabe tudo sobre todos e quando Linoge conta a verdade sobre um deles a pessoa nega tal afirmação. Mike Anderson (Timothy Dale), o policial da cidade, tenta manter cada um em alerta contra a forte tempestade e Linoge. O forasteiro, por sua vez, repete sem cessar “Dê-me o que quero e eu irei embora”, sem explicar o significado exato destas palavras.

 

Saiba mais sobre A Contrapartida neste link.

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