O longa fecha a trilogia lindamente e escancara o talento do ator, que some por trás do CGI.

“Se eu estivesse usando uma maquiagem de macaco, os figurões da academia já teriam me olhado e falado ‘isso é atuação’, mas quando colocam uma ‘maquiagem’ digital, eles olham e fazem uh uh (sons de macaco)”, brincou Andy Serkis, a estrela de Planeta dos Macacos: A Guerra (em cartaz nos cinemas), que veio ao Brasil divulgar o filme e bateu um papo conosco.

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O ator, que tem um currículo impressionante, mas é pouco conhecido nas ruas, interpretou Gollum (nas trilogias Senhor dos Anéis e O Hobbit), King Kong, Capitão Haddok (As Aventuras de Tintin), Supreme Leader Snoke (Star Wars: O Despertar da Força) e Caesar na trilogia Planeta dos Macacos. Com apenas uma indicação ao Globo de Ouro e uma indicação ao Emmy, ambas por papéis sem CGI, o ator é inacreditavelmente esnobado pela academia. E é hora disso mudar.

PLANETA DOS MACACOS A GUERRA CGI ANDY SERKIS

Em 2011, Planeta dos Macacos: A Origem começou a explicar como os primatas peludos se tornaram inteligentes e como a humanidade foi se aproximando do fim. Planeta dos Macacos: O Confronto, em 2014, abordou o preconceito dos seres humanos e a dificuldade dos símios em superar o passado. Já Planeta dos Macacos: A Guerra fala sobre empatia e mostra macacos muito mais “humanos” do que os próprios humanos. O que fica ainda mais intenso na interpretação tocante de Serkis.

A narrativa começa depois dos problemas gerados por Koba. Caesar tenta proteger seu grupo de macacos das investidas do exército de humanos, mas acaba encurralado. Seu filho mais velho retorna de uma missão e conta de um santuário onde eles podem encontrar refúgio, mas antes que eles consigam partir soldados humanos fazem um ataque fatal ao grupo de Caesar, que desenvolve um impulso por vingança. O líder dos símios então reúne um grupo de macacos para encontrar o Coronel, interpretado brilhantemente por Woody Harrelson, que deu a ordem para o ataque.

O filme é dirigido por Matt Reeves, que também assina o roteiro junto com Mark Bomback e é um excelente contador de histórias. Planeta dos Macacos: A Guerra tem uma narrativa simples e clássica, que fica ainda mais cativante por causa das reflexões políticas e filosóficas do roteiro. O CGI impressionante, que melhorou DEMAIS desde o primeiro longa, promove uma experiência única de imersão no cinema. Mas é a atuação tocante de Serkis, que evoluiu Caesar diante dos nossos olhos, suas expressões, sua voz e seus movimentos, que tornam o filme imperdível.

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