Vem ver!

2020 pode não ter sido um ano em que o cinema brilhou, mas as séries animadas não nos decepcionaram, tanto na forma de anime quanto de animações ocidentais. Como já falamos bastante sobre animes esse ano, tentamos reunir nesta lista dez das melhores animações que pudemos acompanhar no último ano, na esperança de um 2021 ainda melhor!

1. Steven Universe Future

Nós já amávamos Steven Universe, mas Steven Universe Future pegou tudo que a série original tinha de bom e adicionou bastante peso emocional sobre o protagonista. Nosso bebezinho foi forçado a lidar com as consequências da luta pela paz mundial. E como alguém que passou toda a sua infância tentando salvar o mundo, ele não teve um amadurecimento saudável, e é sobre esta dificuldade que o foco da nova série se centrou. Foi uma forma perfeita de encerrar uma obra que significou tanto para todas nós. Além disso, foi legal ver a série amadurecendo sem precisar mudar tanto o núcleo da história principal: sombrio nem sempre significa ruim.

2. She-Ra e as Princesas do Poder

O reboot de She-Ra, da Netflix, chegou e se foi tão rápido, em um período tão curto de tempo, mas ainda que a série tenha apenas 52 episódios, ela entregou uma narrativa mais completa, sentimental e empolgante do que muitas de suas antecessoras. E o que essa animação fez pelo público LGBTIQA+ não pode ser subestimado. Mesmo com boa parte da história tendo cunho “conservador”, o fato de duas das protagonistas formarem um casal lésbico e um dos personagens mais importantes ter dois pais foi extremamente necessário. Além é claro de nos oferecer Felina, uma das melhores personagens femininas em animações de toda a década. E isso não é nenhum exagero. She-Ra faz parte de uma nova geração de séries animadas comandadas por criadoras queer, e o fato de termos uma série tão boa estrelada por uma personagem lésbica será motivo de orgulho e de abertura de muitas novas portas no futuro.

3. Hilda

Levou mais de dois anos, mas a Netflix finalmente liberou a segunda temporada de Hilda no final do ano passado. As aventuras de nossa heroína de cabelos azuis parecem algo saído diretamente de um livro de fantasia infantil (e a série é baseada em uma graphic novel), mas com uma animação caprichada e com uma narrativa impecável. Nesta temporada, especialmente, Hilda foi forçada a lidar com as consequências de suas ações e a entender que por vezes ser uma filha atenciosa é mais importante do que ser uma protagonista. E é incrível verificar como a série consegue combinar um estilo tão colorido com momentos genuinamente assustadores e emocionantes.

4. Kipo e os Animonstros

Absolutamente tudo que envolve Kipo é surpreendente. Assim como She-Ra, a série é incrivelmente diversa e progressista em suas ideias, contando uma história futurista mais preocupada com o que torna a “humanidade” boa do que com o que a torna terrível. A dublagem é ótima, as coreografias de luta são minuciosamente trabalhadas, e a trilha sonora é incrível. Na verdade, não apenas incrível como uma das melhores trilhas sonoras do ano.

5. The Midnight Gospel

A inclusão de The Midnight Gospel nessa lista levou em consideração muitos fatores. Afinal, não é o tipo de série animada que te deixe com vontade de reassistir a todos os episódios, mas a série em si te prende durante os episódios. Utilizando entrevistas que são enquadradas como parte de um podcast espacial com alienígenas, a série lida com temas filosóficos, como a morte, enquanto esbanja um estilo de arte impressionante. Alguns episódios tem narrativas que fazem sua mente explodir, e você acaba sendo forçado a voltar um diálogo pra tentar absorver todas aquelas informações. E é claro, a série além de muito bem trabalhada, foi aclamada pela crítica especializada, e por isso não poderia deixar de figurar por aqui. É uma animação única e peculiar.

6. A Casa Coruja

Uma protagonista dominicana aprendendo magia, e ao mesmo tempo a primeira protagonista bissexual da Disney? A Casa Coruja já teria um lugar especial no nosso coração por causa disso, mas a série é muito boa. Ela lembra um pouco Star vs. As Forças do Mal no seu auge, mas com todo o conteúdo queer e divertido que faltava a ela. A Casa Coruja é o tipo de série que teria ajudado a formar a minha personalidade na juventude, e como adulta… Ainda faz isso, com a diferença que hoje eu tenho meu dinheiro e posso comprar os produtos da série.

7. Trem Infinito

Quando eu ouvi falar de Trem Infinito pela primeira vez, não esperava encontrar uma animação tão emocionalmente complexa. O Trem é uma metáfora, mas mais do que isso, é um mecanismo excelente de narrativa que permite aos personagens crescerem e mudarem de forma orgânica. Se você busca por arcos de história bem trabalhados, assista a Trem Infinito. Dá pra assistir em uma hora. A série já correu riscos de não ser renovada por ser rotulada de “madura demais para crianças”, mas já chegou a vez de as crianças assumirem o manto.

8. Hora de Aventura: Terras Distantes

Essa animação é perfeita. Depois de já ter maratonado a série original, só posso dizer que o salto do Cartoon Network para a HBO Max valeu a pena, e que a série continua a ser excelente, entregando um pouquinho de fanservice, acompanhado de uma magistral narrativa. Apesar de ter apenas dois episódios até o momento, a série é uma das obras-primas modernas da animação. Assistam!

9. Big Mouth

Big Mouth é uma série daquelas que de cara já criam alguma rejeição. Ela é grosseira, trata de assuntos nojentos e por vezes parece ultrapassar limites, te causando sentimentos controversos. Mas apesar disso, em vários de seus momentos a série lida perfeitamente com as inseguranças, frustrações e coisas nojentas que existem na pré-adolescência. Por mais que possa ser difícil admitir, é nessa idade que as nossas personalidades, problemas emocionais e outras características começam a se formar. Big Mouth faz com que essas coisas se tornem piada de uma forma inteligente. E talvez por isso, seus pontos positivos superem o lado negativo. E a última temporada combina perfeitamente os sentimentos de “nossa, essa foi profunda” com aquele de “pelo amor de deus, quando essa cena vai terminar?”.

10. BoJack Horseman

2021 será o primeiro ano em que não teremos uma nova temporada de BoJack Horseman desde o lançamento da série. E não estamos prontas. Quando pensamos nesta era de homens problemáticos na mídia, no meio do grupo que contém Don Draper, Walter White e Tony Soprano, nós precisamos de um BoJack. Esse cavalo antropomórfico falante nos levou em jornadas emocionais enquanto comemorávamos seu progresso e sofríamos com seus imensos fracassos. Ele era o protagonista perfeito para uma série do tipo e para uma narrativa em que não era o herói. A série preferiu terminar não com a sua redenção, mas sim com o personagem preso sobre a fina linha que separa responsabilidade e ego. E isso foi genial.


Fonte: TheMarySue

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