Finalmente!
Desde o surgimento de Arlequina, existe a discussão entre os fãs de Batman a respeito de seu relacionamento com Coringa, que é incrivelmente abusivo. Em um quadrinho de 1994, intitulado “As Aventuras do Batman: Amor Louco”, foi revelado que Harley era uma ex-psiquiatra que se apaixonou pelo príncipe palhaço do crime, mesmo sendo repetidamente insultada e desvalorizada por ele – que também não tinha nenhum apreço pela vida dela.
Esse foi um aspecto da história da personagem que foi amplamente ignorado em Esquadrão Suicida (2016), quando foi interpretada por Margot Robbie. Porém, na nova série animada da DC Universe, em que Kaley Cuoco (The Big Bang Theory) dublará a personagem, tal faceta da relação não será ignorada. Em conferência de imprensa recente, o produtor-executivo Justin Halpern explicou que “isso é algo que nós sentimos que deveríamos abordar na série”.
Desta vez, Harley Quinn terá de lidar com a horrível natureza de seu relacionamento, enquanto o abandona para tentar sua sorte como sua própria rainha do crime. A questão é explorada logo no primeiro episódio da história, que foi exibido durante a San Diego Comic-Con 2019, mas as consequências do término provavelmente reverberarão nos futuros episódios da série.
Halperman explicou:
A ideia é que todos nós já estivemos em algum tipo de relacionamento em que um de nós sentiu que talvez não fosse o certo para nós, fizemos de tudo para alguém que era tóxico para nós. Como você separa a si mesmo de tudo aquilo é realmente o foco da série. Como você sai deste tipo de relacionamento e pensa ‘O que eu faço agora que estou fora? O que eu quero? Eu estive vivendo a vida de outra pessoa por realmente muito tempo.’
Então com quem Harley poderá contar uma vez que o Coringa é carta fora, ou melhor, é uma espécie de inimigo em sua luta pelo controle do submundo do crime de Gotham? A Hera Venenosa (Lake Bell) é que se tornará sua mais próxima amiga e aliada, tomando a história dos quadrinhos.
Também é importante entender que a história de Harley Quinn é bastante violenta e com linguagem inapropriada para crianças, e o sangue corre tanto quanto os palavrões. Então, talvez a série não seja a mais indicada para crianças, mas é interessante ver como essa série lidará com esta questão incrivelmente problemática do relacionamento entre o Coringa e a Arlequina, em vez de simplesmente tratá-la como um status quo universal.
A série animada estreará neste ano no serviço de stream da DC Universe.
E pelo amor de todos os deuses, PAREM DE ROMANTIZAR ESSES DOIS JUNTOS. Já deu.
Fonte: GameSpot
Débora é musicista, professora de artes, pesquisadora de sociologia de gênero. Autoproclamada otaku-não-fedida e gamer casual. A alcunha de Liao veio de um site aleatório de geração de nomes japoneses (Liao é chinês, mas tudo bem).
