Uma história de amor entre um príncipe e uma garota comum que vai te apaixonar!

Hoje eu vim falar sobre um dos únicos mangás shoujo de tema histórico que eu curto, Akagami no Shirayukihime. A história é escrita e desenhada por Akizuki Sorata e atualmente possui 14 volumes publicados no Japão. O mangá, cuja publicação serial passou da revista LaLa DX, para a LaLa, ambas da Hakusensha, atualmente conta com um anime, o qual terá 12 episódios e já possui uma segunda temporada confirmada para 2016.

Enredo

Akagami no Shirayukihime conta a história de Shirayuki, uma garota comum que trabalha como herborista em Tanbarun, seu país natal. Porém, sua vida calma acaba quando o príncipe de seu reino, Raj, decide torná-la sua concubina. Apesar de nunca ter se encontrado com a menina, seu interesse surge após ouvir histórias de seu incomum cabelo vermelho. Já a garota, decidida a viver a própria vida, resolve ir contra a ordem do príncipe, corta seu cabelo e foge para o reino vizinho, Clarines, onde ela encontra o príncipe Zen, que a ajuda a resolver o problema com o príncipe Raj.

Pontos positivos

A trama de Akagami é uma das coisas que mais gostei no mangá. Apesar de demorar um pouco para desenrolar, o desenvolvimento lento faz com que a história seja feita de forma detalhada. Ao contrário de alguns mangás, em Akagami, embora o desenvolvimento do casal e da história não seja rápido, todas as situações criadas desenvolvem um pouco os personagens, sejam eles os principais ou os secundários. Eu sinto que esse fator dá um pouco mais de realismo para o mangá, já que a história é algo que acontece conforme o dia a dia dos personagens passa.

Outra coisa que eu gosto muito são os personagens. Vou explicar o por que começando pela personagem principal, Shirayuki. Ela é uma personagem forte, porém, ainda assim comum. Quando digo isso, não falo no sentido de que ela não tem características especiais, como o Zen e sua origem real. Shirayuki ser uma garota normal significa que ela, assim como todo mundo, possui altos e baixos. Apesar de ser uma menina forte e determinada, existem momentos nos quais ela fraqueja e precisa de ajuda, característica que me leva a outro ponto – nem por essa ajuda necessária em alguns momentos a autora a transforma em uma donzela em perigo. Muito pelo contrário, cada fraqueza que a menina mostra durante o mangá a ajuda a crescer e se tornar mais forte.

Zen, por sua vez, é o príncipe que toda garota gostaria de conhecer (pelo menos eu acho que deveriam, haha). Gentil, ele fica bem longe do personagem principal do tipo frio e perfeito. Assim como Shirayuki, Zen também mostra suas fraquezas e não é tratado como um ser superior, como acontecem em vários mangás shoujos (o que me chateia muito). Apesar de seu status social e suas habilidades serem diferentes da garota, o príncipe em nenhum momento trata a Shirayuki como alguém que precise dele para viver. Ele se preocupa com ela e sempre a apoia, mas a relação dos dois é recíproca, com ambos se ajudando e apoiando.

Acho que já deu para perceber que além dos personagens, eu amo muito o casal e o relacionamento dos dois, não é mesmo? Pois é, eles se tornaram um dos casais que eu mais amo no mundo dos mangás shoujo, não apenas entre os mangás atuais, como entre os antigos também. Isso tudo porque o relacionamento dos dois não é algo de uma via só, como ocorre em muitas histórias, onde um precisa conquistar o outro, ou um precisa salvar/ajudar o parceiro. Aqui em Akagami, o relacionamento dos dois é recíproco desde o começo, e não digo apenas de forma romântica. 

Aliás, acho bom mencionar que o meu gosto pelos personagens não envolve apenas os dois principais. Logo no começo da história conhecemos Kiki e Mitsuhide dois amigos e ajudantes pessoais de Zen, e não tem como não amar ambos. Apesar de acompanharem o Zen por conta de seu trabalho, o que mais move ambos é a amizade que tem com o garoto, assim como Zen nunca os trata como subordinados. Existem muito mais personagens legais, mas como todo mangá cheio de personagens, fica difícil falar sobre todos aqui. Porém, é importante notar que essa variedade incrementa bastante na história.

Além disso, eu também gosto muito da arte. Além de ser fofa, ela é detalhada e tem um ótimo figurino, o qual, por sinal, é uma das coisas que eu mais gosto no mangá. Vontade de fazer um cosplay não falta com essas roupas! Só de pensar em um bem feito dá uma vontade de ver! (Dica de cosplay para casais: Shirayuki e Zen, ficaria ótimo, façam e deixem uma menina feliz <3).

Anime

O anime de Shirayuki está sendo transmitido atualmente no Japão, e apesar de ter assistido poucos episódios, eu gostei muito do resultado final! Acho que a adaptação não deixou nada a dever para a história original, então quem preferir assistir anime ao invés de ler o mangá, vá em frente! Fora que já existe uma segunda temporada confirmada, ou seja, felicidade prolongada! Aliás, separar animes em temporadas, apesar de fazer com que os fãs tenham que esperar, foi a melhor decisão dos produtores de animes dos últimos tempos. Afinal, adeus fillers!

Conclusão

É bem simples entender porque Akagami no Shirayukihime é um ótimo shoujo para se ler. Ele tem tudo que um mangá do estilo precisa. Dois personagens principais fofos, um romance que, apesar de ser um pouco mais demorado, é envolvente, além de possuir uma arte fofa e criar várias situações que mostram bem a confiança dos personagens entre si. Portanto, é uma leitura incrível para quem gosta de um romance bem desenvolvido com uma personagem feminina independente.

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Ana Luiza

Estudante de ciências da computação, meu contato com computadores existe desde sempre, graças à um pai nerd. Meu vício por animes começou quando eu ainda não conseguia lembrar o nome do menino da nuvem voadora, morria de medo de levar tiros nas costas quando jogava Quake com meu pai, nunca mais parei de ler mangás depois que comecei e gosto muito de jogos, séries e webtoons indies.