Você é daqueles que adora histórias medievais? Que acha castelos, armaduras e espadas so fucking awesome?
E por acaso você sabia que uma armadura “padrão” pesa entre 30 e 50 quilos? Já imaginou segurar todo esse peso enquanto maneja uma espada e tenta salvar a própria vida no campo de batalha?
Cavaleiro vida-loka, mermão.

Esse post é pra mostrar o outro lado da coisa.
Já parou para pensar como o cavaleiro se sentia dentro da armadura enquanto corria pelas batalhas?
A Universidade de Leed pensou nisso e fez um teste para descobrir quanta energia era necessária para um cavaleiro participar de um combate!
Os cientistas da universidade monitoraram voluntários usando uma réplica de armadura do século XV enquanto andavam/corriam em uma esteira.
Dá uma olhada no vídeo:

Deu pra sentir que a coisa não era fácil na Idade Média, né?
Essa armadura utilizada no vídeo é conhecida como “armadura de placas”, feita de aço e uma das mais famosas durante o período medieval.
Ela era composta pelo elmo (capacete), couraça (que protege o tronco do cavaleiro), grebas ( que protegem a parte inferior das pernas), manoplas (vulgo, luvas), espaldar (protegem o ombo), escarpe (sapato encouraçado), e pernas e braços da armadura.
Ainda existem outras partes bem mais específicas, como podemos ver no diagrama abaixo:

A anatomia de uma armadura medieval

Pode-se dizer que o início da utilização das armaduras tenha começado no Egito, em 4.000 A.C., utilizando o bronze como matéria-prima para a criação das armaduras.
Outro registro que encontrei foi com o Império Romano e a utilização de Cota de Malha.
Mas claro, com o tempo (e com a evolução das guerras e armamentos) foi necessário criar armaduras mais resistentes e que protegessem mais os bravos guerreiros e cavaleiros durante as batalhas.
E além desse modelo de “armadura de placas” (o mais famoso de todos) também existiram alguns outros modelos. *LUUUZ NA PASSARELA QUE LÁ VEM ELA*

Um desses modelos é a “armadura em cota de malha”. XENA FEELINGS
Ela foi utilizada pelos cavaleiros até o século XIII. A túnica feita de cota de malha ganhou o nome de hauberk, depois ela foi “compactada” e se transformou em uma espécie de camisa sendo rebatizada de haubergeon.
Esse tipo de armadura é composto por coifa (capuz que cobre a cabeça), calças, manto e camal (que protege a parte superior do corpo).
Existem diversos tipos de tramas de malha, mas a mais utilizada era a 4 por 1, onde cada argola passa por outras 4.

Outro modelo, um pouco menos conhecido, mas ainda muito importante, é o de “Cota de Placas”, uma armadura que mistura cota de malha com reforço de pano ou couro.
Ela era formada por uma sobrecota reforçada e um gibão de placas (espécie de colete de couro).

E por fim, não podemos deixar de destacar as armaduras japonesas, usadas pelos samurais , conhecidos como “bushi”, nome dado ao guerreiro japonês.
As armaduras antigas, produzidas antes do século XVI, ganharam vários nomes, como o-yoroi, kachu, haramaki, e do-maru. Já as produzidas após este período, eram conhecidas como gusoku e geralmente feitas de tiras de couro, bambu e laca.
Dá só uma olhada em como era a montagem de um “bushi” para a batalha:

Montagem de uma armadura de samurai

É tudo muito lindo de ver nos filmes e nos livros, mas o cavaleiro tinha que ser muito foda digdin digdin para vestir uma dessas armaduras e partir pra luta! (sem contar que as armaduras tinham algumas pulgas, por acumular muito suor. ARGH)
Para quem curtir artigos medievais e quiser compartilhar seus interesses, existem alguns sites bem legais, como a Guilda dos Armoeiros (focado em armaduras), o Medieval Brasil (focado em encontros e troca de informações sobre a cultura medieval) e o Armaduras Medievais. (esse último até vende armaduras e miniaturas para colecionadores e simpatizantes da área)
E quem souber de mais alguns site legais da área, compartilhe com a gente nos comentários! (:
E aposto que depois desse post você começou a enxergar as armaduras medievais com outros olhos, não? ^^

Compartilhe: