São mulheres que possuem um trabalho incrível na indústria cinematográfica!

Não é segredo pra ninguém que a indústria cinematográfica ainda é, em 2020, muito desigual. Por exemplo, existem diretores que você admira e reconhece apenas pelo seu estilo particular. Você pensou em alguns nomes, certo? No entanto, quando falamos em diretoras o número cai drasticamente, ou simplesmente não existe. Portanto, nota-se que a discussão sobre igualdade de gênero nesse meio ainda é muito necessária. 

Só para vocês terem uma ideia, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Center for the Study of Women in Television & Film, em 2016 apenas 8% dos 250 filmes que obtiveram maior relevância foram dirigidos por mulheres. A discrepância se torna ainda mais evidente considerando que, nos Estados Unidos, 50% dos alunos formados em cinema todos os anos são mulheres. O que explicita a falta de oportunidades para cineastas do gênero feminino.

A diversidade no cinema, assim como em outros setores artísticos, é de extrema importância. Isso porque, quando um olhar diferente é dado para determinada história, contribui para que velhos estereótipos sejam extinguidos. Pensando assim, elaboramos uma lista de cinco cineastas mulheres que merecem a nossa atenção. (Lembrando que existem muitas outras mulheres maravilhosas, e é sempre bom procurar conhecê-las):

Laís Bodanzky

Laís Bodanzky iniciou seu trabalho como diretora com o curta Cartão Vermelho, que fala sobre a descoberta da sexualidade feminina. Em 2001, lançou seu maior sucesso: Bicho de Sete Cabeças, longa estrelado por Rodrigo Santoro e que recebeu diversos prêmios. A trama gira em torno de um rapaz que é enviado pela família para um manicômio, onde terá que lidar com as dificuldades desse meio. 

No seu currículo também estão os filmes Chega de Saudade (2007), As Melhores Coisas do Mundo (2010) e Como Nossos Pais, que foi o filme mais premiado do Brasil em 2017.

Agnés Varda

Agnés Varda é uma cineasta belga de 90 anos radicada na França que causou muitas revoluções na história do cinema. Com mais de 45 filmes no currículo, ela foi um grande destaque durante a Nouvelle Vague, demonstrando um olhar único sobre diversas questões. Em seus filmes, ela retrata temas como desigualdade social, feminismo, pessoas que vivem às margens da sociedade e vida real. Tudo isso com uma estética documental e criativa.

Ava Duvernay

Ava Duvernay é nascida nos Estados Unidos, tem 46 anos e em 2019 obteve grande destaque ao lançar Olhos Que Condenam, minissérie da Netflix que relata o caso real de jovens negros que foram acusados de um crime que não cometeram. Ela é escritora, diretora e produtora. Entre seus filmes estão o documentário A 13ª Emenda, que relata como o sistema prisional está relacionado com a escravidão. E Selma, filme que mostra uma parte da vida do ativista Martin Luther King Jr.

Kathryn Bigelow

Kathryn Bigelow foi a primeira (e única) mulher a receber um Oscar de Melhor Direção, em 2008, com o filme Guerra ao Terror. O filme explora os horrores da guerra no Iraque, mostrando soldados que precisam desativar explosivos.

Adélia Sampaio

Adélia Sampaio foi a primeira mulher negra a dirigir um filme no Brasil. Além disso, quebrou diversos tabus ao retratar um relacionamento homoafetivo em 1984 com o longa metragem Amor Maldito. Se quiser conhecê-la mais a fundo, tem uma matéria inteira sobre ela aqui.

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