Muita coisa chegando ao fim e muita coisa nova começando em 2019.

Muito já foi escrito sobre se despedir de alguns dos grandes símbolos da cultura geek neste ano. Mal chegamos ao meio de 2019 e já tivemos de encarar o final da saga original de Vingadores, Game of Thrones e dos quadrinhos de The Walking Dead. Em dezembro, receberemos o episódio final da saga dos Skywalker, com Star Wars: A Ascensão de Skywalker.

É uma época de sentimentos conflitantes no mundo geek. Mas ao menos temos sinais de um futuro mais inclusivo no horizonte, ou ao menos esperamos isso.

O futuro da Marvel está nas mãos de personagens como Carol Danvers, T’Challa e Sam Wilson. O prequel de Game of Thrones será comandada por uma mulher (ALELUIA). Star Wars continua seguindo em frente com histórias cada vez mais inclusivas, e pode finalmente superar o foco nos homens herdeiros do legado Skywalker. Para cada final poderemos ter um novo começo. E na esfera geek isso pode significar um início mais inclusivo.

Não quer dizer que nenhum desses projetos (em sua maioria) sejam livres de qualquer representatividade. Seria uma hipocrisia sem tamanho ignorar que os filmes de Star Wars têm agora como foco um trio de heróis que inclui uma mulher, um homem negro e outro latino. A antologia Rogue One apresenta o elenco mais diverso de Star Wars até o momento (apesar de ainda haver uma sub-representação de mulheres de outras etnias).

Ainda existe uma grande quantidade de filmes e séries chegando ao seu final que têm como foco e heróis apenas homens brancos, e já passou da hora de isso mudar. Não podemos esperar que nossos heróis sejam apenas homens brancos, com uma ou outra mulher figurativa. Precisamos de uma mudanç, porque não podemos continuar apenas apresentando um ou dois tipos de heróis nas telinhas e telonas.

Nada garante que o futuro de Game of Thrones seja mais inclusivo, mas a presença de uma mulher por detrás das câmeras pode fazer com que não tenhamos que lidar com tantas cenas de violência sexual e representações estereotipadas que meio que estragaram a série original. A Marvel, que sempre prometeu ser mais inclusiva, conseguiu com Pantera Negra e Capitã Marvel, dar seus primeiros passos na direção correta. Ambas as séries live-action de Star Wars possuem homens de etnias diferentes como protagonistas, apesar de não conhecermos o elenco da próxima trilogia.

Ainda precisamos apontar que nem a Marvel ou o universo de Star Wars apresentaram heróis LGBT nas telonas. Seria muito bom conhecer um herói ou heroína LGBT sem termos que esperar longos 11 anos ou nos contentar com um personagem irrelevante ou um casal de porgs.

Existe esperança que as principais franquias geek venham a se tornar cada vez mais inclusivas.

Com o final de uma era, podemos olhar para o futuro e imaginar que essas franquias, tanto as principais quanto as independentes, possam melhorar para refletir melhor o nosso mundo. Nós já superamos o momento em que qualquer coisinha poderia ser considerada revolucionária. É hora de abraçar um futuro mais brilhante e inclusivo, ainda que tenhamos de nos despedir das histórias originais nesse processo.


Texto traduzido do TheMarySue.

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