Felipe Castilho  Jessica Reinaldo

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Recomendo também o trabalho do Felipe Castilho, autor do Legado Folclórico, escrevendo muito bem sobre os elementos do folclore nacional. Quando os autores conseguem narrar histórias como se estivessem conversando com o leitor em volta da fogueira, são escritores que precisam ser acompanhados de perto. Os trabalhos do Felipe te prendem e fazem você não querer parar de ler até a última linha do livro.

Han Suyin – Laura

Han Suyin; Han Su-yin

A Han Suyin é uma escritora chinesa que eu encontrei por acaso na biblioteca durante o ensino médio. Os livros mais famosos dela são biografias de figuras grandes como Mao Tse Tung, que ela conheceu de perto, mas os meus favoritos são os de ficção! O melhor deles, na minha opinião, é A Feiticeira, que conta a história de dois irmãos gêmeos que saem da Europa para cair na corte imperial Chinesa por engano e acabam se separando. O livro traz uma ambientação e ritmo bastante diferentes dos livros europeus de fantasia aos quais estamos acostumados, e traz toda a questão histórica com um cuidado maravilhoso. Acho que esse livro é uma ótima porta de entrada para a literatura oriental moderna.

Elizabeth Gaskell – Laura

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Conheci Gaskell numa época em que decidi que leria a obra completa de Jane Austen. Cheguei nela por acaso também, comprando na promoção os livros para conseguir frete grátis numa loja, haha! O meu livro favorito dessa autora é North and South, que também tem uma minissérie da BBC MUITO BOA. Ele trata da questão da revolução industrial na Inglaterra e os direitos trabalhistas que estavam em discussão, colocando em contraste a vida de dois personagens de regiões opostas da Inglaterra. A narrativa da Gaskell é maravilhosa, dinâmica, com descrições cuidadosas de sentimentos, percepções e sensações dos personagens (e os diálogos são o que se há de melhor para ler, sério!). Eu acho ela uma das fontes de história social mais agradáveis de se ler, e em suas obras não é raro encontrar a discussão da vida privada Inglesa na era Vitoriana. Recomendo demais!

Victor Hugo – Liao

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É meu autor preferido de tooooodos dentre o período do Romantismo porque – cara! – a literatura dele é simplesmente genial, é difícil até ter palavras para descrever. São poucos os romances que ensinam tanto sobre história, sociologia, antropologia e ética. Meu livro favorito dele é, claro, sua obra prima: Os Miseráveis – que já tem mais de 120 anos e é considerada a maior obra literária do século 19. Gosto demais dele por inúmeros motivos, mas principalmente porque ele possui um dos discursos mais atuais quando se trata de transformar pontos de vista sobre assuntos básicos de direitos humanos, de empatia e de justiça – trabalhando uma camada social que é praticamente invisível, revelando o espetáculo da miséria e o despertar da compaixão pelos mais pobres. Além do enredo fascinante, uma narrativa super moderna e um leque extremamente rico de personagens fantásticos, a história trabalha muito mais do que só uma aventura entre “o bem e o mal”, da fuga de Jean Valjean do temível Javert: você se sente mergulhar nas crises de consciência do protagonista – e alguns críticos chegam a considerar que o livro é, de certa forma, psicoanalítico, graças à essas investigações dos pensamentos mais íntimos dos personagens. Eu tenho um amor indescritível por esse livro, é tudo que posso dizer. Como não amar um clássico universal da literatura que ajudou a impulsionar uma até então inexistente política de solidariedade para com os miseráveis da vida real? Então, para quem quiser encarar o tijolaço original (tenho o livro dividido em dois volumes bem gordinhos), vai se deparar com um banho de emoção, cultura e imaginação a cada novo capítulo. É uma leitura densa, mas incrível.

Ps.: Ele também foi o autor de O Corcunda de Notre Dame, que é um livro lindíssimo e bem triste.

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